O Paraná gerou, no mês de abril, 8.925 vagas de emprego com carteira assinada. Com crescimento nos quatro primeiros meses do ano, o Estado já acumula um saldo de 61.686 postos de trabalho formais em 2022. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Ministério do Trabalho e Previdência.

O Estado foi o sétimo no País e o segundo na região Sul, quase empatado com o Rio Grande do Sul (8.939), na abertura de novas vagas no mês.

No acumulado de 12 meses, de maio de 2021 a abril de 2022, o Estado tem o melhor resultado da Região Sul, com um saldo de 154.475 postos de trabalho formais, contra 141.285 de Santa Catarina.

Dos 399 municípios paranaenses, 299 fecharam o primeiro quadrimestre de 2022 com saldo positivo na abertura de vagas, o que corresponde a 75% do total. Em quatro deles, o número de contratações e de demissões foi o mesmo, com um saldo igual a 0. As outras 94 cidades (23,5%) tiveram saldo negativo no período.

Os municípios com o maior saldo de contratações foram Curitiba (16.623), Maringá (3.027), Cascavel (2.901), São José dos Pinhais (2.709), Toledo (2.160), Araucária (2.065), Londrina (1.668), Colombo (1.364), Pinhais (1.343) e Francisco Beltrão (1.203).
Indústria

Dos 8.925 empregos criados no estado em abril, a indústria foi responsável por 2.177. O segmento de serviços liderou o ranking com 4.074 novas vagas, seguido por comércio (2.229) e agronegócio (639). A construção civil teve desempenho negativo (-194).

No acumulado do ano, a indústria soma 11.805 de saldo, sendo o segundo setor que mais gerou empregos no estado. Com o resultado de abril, os três estados do Sul estão entre os cinco com maior saldo de vagas na indústria nacional este ano, respondendo por 50% das novas contratações no Brasil.

Segundo o economista da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Thiago Quadros, o avanço da indústria nas contratações se dá, principalmente, a retomada da atividade econômica.

O economista analisa que o aumento dos insumos utilizados na operação das indústrias é o afeta hoje o desempenho do setor.

No mês de abril, dos 24 setores da indústria de transformação avaliados pelo Caged, 17 geraram empregos e sete mais demitiram do que contrataram. Alimentos ficou em primeiro lugar, com 606 vagas abertas, principalmente no subsetor de fabricação e refino de açúcar. O segundo foi produtos químicos (303), seguido por fabricação de petróleo e biocombustível (290), com destaque para a produção de álcool; automotivo, puxado pelo segmento de fabricação de peças e acessórios (228); borracha e material plástico (196).

Os sete que não performaram bem em abril foram moveleiro (-249), reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-229), produtos diversos (-31), produtos têxtis (-30), setor gráfico (-12), produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-10) e fabricação de outros equipamentos de transporte (-5).

No acumulado de janeiro a abril, só dois segmentos dos 24 ficaram abaixo do esperado. Moveleiro (-566) e outros equipamentos de transporte (-72). Os melhores do ano são confecções e artigos do vestuário (1.716), alimentos (1.570), automotivo (1.518), principalmente por conta de fabricação de peças e acessórios (971); máquinas e equipamentos (1.225) e madeira (1.128).

Por: redação com assessoria