Há pouco mais de sete anos Bruna Bulla Correia conseguiu transformar sua vida. Ela recebeu um transplante de fígado. Quando criança teve o diagnóstico de uma doença sem cura. Aos 21 anos, após complicações, ela entrou na fila de espera. O transplante só veio sete meses depois.

Bruna teve a possibilidade de viver com mais qualidade de vida.

O Paraná é o estado com maior número de doações efetivas de órgãos para transplantes em 2023. Foram registrados 243 doadores de janeiro a junho, o que garantiu a posição de liderança no ranking nacional, com a marca de 42,5 doadores por milhão de população (pmp), seguido por Santa Catarina, com 41,5 pmp, Rondônia, com 30,4 pmp, e Ceará, na marca das 27,5 pmp. A taxa de doações no Brasil ficou em 19 pmp. Os números estão no relatório semestral da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), publicado nesta quinta-feira (31).

Os números do relatório também mostram que foram realizados 4.242 transplantes de órgãos (coração, fígado, intestino, multivisceral, pâncreas, pulmão e rim) e 7.845 de tecidos (córneas) em todo o Brasil no semestre. Um mesmo doador pode gerar mais de um órgão doado. Rins e fígado são os órgãos com o maior número de transplantes, 2.847 e 1.103, respectivamente, seguidos de coração (208), pâncreas (56) e pulmão (32).

O secretário de saúde do Paraná, Beto Preto, fala sobre a liderança do estado nos transplantes de órgãos.

Segundo um levantamento do Sistema Estadual de Transplantes (SET/PR), hoje 3.503 pessoas esperam por um transplante no Paraná. A fila é maior para quem necessita de um rim – são 1.937 pacientes. Na sequência, estão 1.278 pacientes que aguardam por um transplante de córnea, além dos que esperam por transplantes de fígado (244), coração (29), rim/pâncreas (24) e pulmão (20).

Quem espera na fila depende, muitas vezes, da decisão de uma pessoa ou de uma família. Uma atitude que transforma histórias, e dá segundas chances.