O Paraná tem 8,9% da população com algum tipo de deficiência, valor igual à média nacional. Na Região Sul, a média é de 8,8% da população. Esses dados chamam a atenção para o nível de analfabetismo, que passa de 10% entre as pessoas com deficiência.

Na faixa etária de 25 ou anos ou mais, a taxa de analfabetismo é de 12,8% para pessoas com deficiência, e de 2,2% para a população sem essa condição, por exemplo. As informações estão na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2022, do IBGE, divulgada neste mês.

O pedagogo especialista em Educação Especial e inclusiva, Bruno Luis Simão, explica que um dos principais empecilhos é a acessibilidade.

Ao todo, a Região Nordeste do país possui o maior percentual de pessoas com algum tipo de deficiência (10,3%), mas a Região Sul vem em seguida, com 8,8% da população. Para a área educacional, o especialista aponta a necessidade da capacitação especial de professores.

Para obter os dados, a pesquisa do IBGE considerou a população com algum tipo de dificuldade funcional, como dificuldades para enxergar mesmo com óculos; problemas para ouvir mesmo com aparelhos auditivos; empecilhos para andar e pegar objetos; e ainda dificuldade para apreender, comunicar e realizar cuidados pessoais.

A pedagoga mestre em Educação Inclusiva, Vanessa Bernardi, defende a adaptação de salas de aula para atender necessidades específicas e formação em estratégias de ensino aos professores.

Outro fator é o desemprego, que costuma ser maior nesses grupos. A menor taxa de ocupação no Sul é para pessoas com dificuldade para realizar cuidados pessoais (4,8%). 

A pesquisa ainda mostra que a Região Sul apresentou, em sua distribuição etária, maiores percentuais de idosos (60 anos ou mais de idade) com algum tipo de deficiência, ultrapassando 50% da população.