O Ministério da Saúde prorrogou a campanha de vacinação da poliomielite por conta da baixa adesão. E, novamente, é feito um pedido para que os pais levem as crianças para receberem a vacina.
De acordo dados do Ministério da Saúde, no Paraná, o índice de vacinação está bem abaixo do esperado, pouco mais de 43% do público esperado foi imunizado contra a poliomielite, o que corresponde a cerca de 267 mil doses aplicadas, sendo que o público-alvo é de 620 mil pessoas.
Essa baixa adesão, constatada em todo o país, fez o Ministério da Saúde prorrogar a campanha até o dia 30 de setembro.
O Paraná registrou queda nos números gerais de vacinação, principalmente em crianças e adolescentes, entre 2019 e 2020, de acordo com dados da Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa). Pelo menos 10 vacinas sofreram redução, entre elas está a vacina contra a poliomielite.
Também chamada de pólio ou paralisia infantil, a doença é contagiosa, causada por vírus que pode infectar crianças e adultos e em casos mais graves leva à paralisia dos membros inferiores. Os órgãos de saúde ressaltam que a vacinação é a única forma de prevenir a doença e todas as crianças devem ser imunizadas.
Para a campanha contra a poliomielite, o grupo-alvo são as crianças menores de cinco anos de idade, sendo que as crianças menores de 1 ano devem ser vacinadas de acordo com a situação vacinal encontrada para esquema primário. Já as crianças de 1 a 4 anos devem ser imunizadas indiscriminadamente, desde que já tenham recebido as três doses de vacina do esquema básico.
Conforme a Secretaria Estadual de Saúde, a queda dos níveis de vacinação reflete o resultado de uma tendência que atinge o Brasil desde 2015, por conta da disseminação de notícias falsas, mas foi acentuada depois do início da pandemia da Covid-19, em 2020.
Para a pediatra Gislayne Castro e Souza de Nieto, mestre e professora do curso de Medicina da Universidade Positivo, o índice de cobertura vacinal esperado é de 95%.
A médica infectologista do Hospital Vita, Marta Fragoso, explicou que em muitos países a doença está erradicada, inclusive no Brasil, mas por causa da baixa adesão ao calendário vacinal, o vírus corre o risco de voltar a circular e pode infectar crianças e adultos.
A infectologista ressaltou que os pais podem ficar tranquilos, pois a vacinação é seguro e de extrema importância.
A especialista explicou quando devem ser aplicadas as doses do esquema básico e as doses de reforço nas crianças.
