O Paraná tem, pelo menos, 355 obras municipais indicadas como paralisadas, que somam investimento público superior a R$ 365,7 milhões.

A conclusão é de um levantamento realizado pelo Tribunal de Contas do Paraná que cobra a retomada e a conclusão dessas obras, que incluem edificações, pavimentação e saneamento, em 121 cidades.

O objetivo principal do trabalho é estimular a retomada e a conclusão dessas obras, fazendo com que elas tragam benefícios efetivos à população.

As obras consideradas paralisadas pelo TCE são construções como escolas, creches, unidades básicas de saúde, obras de pavimentação, saneamento e iluminação pública.

O relatório do órgão fiscalizador aponta que além da depreciação física das construções, a paralisação compromete os serviços já executados e, ainda priva a população dos benefícios desses investimentos.

O levantamento confrontou as informações sobre obras paralisadas, declaradas pelos próprios municípios, no Portal Informação para Todos (PIT) do TCE-PR, com as respostas a um questionário enviado a 290 entidades da administração direta e indireta, de 269 municípios.

Os gestores municipais informaram a situação relativa a 1.072 obras (87% do total). Das 1.072 obras, 703 ou 66% foram declaradas como retomadas. As outras 355 ou 34% do total, somam o valor total estimado de R$ 365.736.370,65, foram classificadas como paralisadas nos questionários, por não haver indicação de retomada.

Segundo o TCE, o levantamento também serviu para confirmar a necessidade de que os municípios atualizem as informações relativas às obras nos sistemas do Tribunal de forma mais ágil, já que obras indicadas como paralisadas na verdade estavam em andamento ou até concluídas.

O coordenador Geral de Fiscalização do TCE, Claudio Castro, fala da importância do levantamento para o conhecimento da população sobre o uso do dinheiro público. Ele conta ainda, os principais motivos para as paralisações das obras.

De acordo com o levantamento, consolidado em 13 de outubro, o município com a maior quantidade de obras declaradas como não retomadas é Ribeirão Claro, com 18; seguido de Araucária e Luiziana, ambos com 14; Altônia (12) e Foz do Iguaçu (11).