Metade da safra de verão do Paraná já foi colhida: 48% de soja e 43% de todo o plantio de milho. A preocupação agora é com o escoamento. Os problemas na BR 227, que leva ao Porto de Paraná, devem gerar prejuízos bilionários para o agronegócio. A estimativa do Sistema FAEP/SENAR-PR, é de um gasto extra de R$ 600 milhões somente para a logística da soja (sem envolver outras cadeias produtivas).

Nilson Camargo, técnico do Departamento Técnico e Econômico (DTE) do Sistema FAEP/SENAR-PR, lembra que as despesas aumentam para todos, inclusive os produtores, quando há congestionamentos ou bloqueios nas rodovias.

O técnico lembra ainda sobre a negociação do novo modelo do pedágio no Paraná.

De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (Seab), a projeção da colheita de soja em 2022/23 é de 21 milhões de toneladas. Com base nas médias históricas, o Estado deve exportar 15,7 milhões de toneladas – 12,6 milhões por rodovia e 3,1 milhões por ferrovia.

Por meio de nota a Portos do Paraná informou que nesta quarta (15), 18 navios estão atracados nos portos de Paranaguá e Antonina. Dois operam contêineres, cinco descarregam granéis sólidos de importação, um carrega açúcar em saca, um leva pellets de madeira (Antonina), quatro, granéis líquidos, um embarca celulose e outros quatro carregam granéis de exportação (açúcar, milho, farelo de soja e soja em grão).

Ainda considerando todos os segmentos, sete outras embarcações já estão programadas para atracarem na sequência, nos berços indicados de acordo com o segmento (para carregar soja, milho e farelo; e descarregar fertilizante e malte). Outros 56 navios esperam para operar nos portos paranaenses, fila de espera considerada natural no segmento. Até 24 de abril mais 100 embarcações devem passar por Paranaguá e Antonina.