O Paraná já registra 153 casos de varíola dos macacos, segundo informações divulgadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). De acordo com o boletim epidemiológico, Curitiba concentra o maior número de casos, 115 no total, seguida de Londrina com 8 casos e Cascavel com 7 confirmações de pessoas infectadas.

Ainda conforme o Boletim, 183 casos suspeitos seguem em investigação e 325 casos descartados.

O Informe também aponta que são 145 homens infectados pelo vírus que causa a doença e 8 mulheres. A maior parte das pessoas com a varíola dos macacos têm entre 30 e 39 anos.

A transmissão da varíola dos macacos entre humanos acontece principalmente por meio de contato direto com secreções respiratórias, lesões de pele de pessoas infectadas ou objetos recentemente contaminados. Por isso, alguns cuidados devem ser adotados para não se infectar com o vírus, como explicou a secretária de Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella.

Os sintomas causados pela doença, em uma primeira fase, são semelhantes aos sinais de uma gripe, com quadro de febre, dor de cabeça, dores no corpo, calafrios e fadiga, que podem durar em média três dias. Já na segunda fase aparecem as lesões na pele.

Até o momento não existe um tratamento específico, mas os quadros clínicos da doença costumam ser leves, sendo necessários o cuidado e a observação das lesões. De acordo com órgãos de saúde, o maior risco de agravamento pode acontecer em pessoas imunossuprimidas com HIV, leucemia, linfoma, metástase, transplantados ou pessoas com doenças autoimunes, além de gestantes, mulheres em fase se amamentação e crianças com menos de oito anos de idade.

As pessoas devem evitar o contato próximo com quem está infectado ou materiais contaminados. Entre as orientações recomendadas estão o uso de luvas e equipamentos de proteção individual ao cuidar de pessoas com a doença.

Outra recomendação das autoridades de saúde é o isolamento do paciente com suspeita ou confirmação da doença. Esse cuidado é fundamental para evitar novos casos.

E o Brasil caminha para o desenvolvimento de uma vacina contra a doença e no início dessa semana, recebeu o material biológico necessário para iniciar a produção da vacina contra a varíola dos macacos. O material conhecido tecnicamente como sementes do vírus vacinal foi doado pelo Instituto Nacional de Saúde (National Institutes of Health – NHI), agência de pesquisa médica dos Estados Unidos, para Centro de Tecnologia de Vacinas (CT Vacinas) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).