Diante do cenário de altos índices do novo coronavírus, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) divulgou uma nova resolução com medidas de enfrentamento à pandemia de Covid-19. A publicação foi feita no Diário Oficial Executivo, e prevê a recomendação do uso de máscaras em todos os espaços, públicos ou privados, abertos ou fechados, e é justificada com base nas documentações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e também da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).

A prefeitura de Curitiba já havia antecipado essa recomendação, considerando o uso de máscaras e também os cuidados com higiene e a etiqueta respiratória no dia 16 de novembro. A capital tem hoje 8.069 casos ativos, um crescimento de 494,2% no número de casos, em comparação com duas semanas atrás. Alcides Oliveira, médico e diretor do Centro de Epidemiologia da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Curitiba, explica as consequências deste aumento da contaminação e como ele deve ser prevenido.

O Paraná registrou nas últimas 24 horas, seis novas mortes pela Covid-19 e 1.559 novos casos. Os dados são do Boletim Epidemiológico da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), que ainda traz um aumento de 645,6% no número de casos nos últimos 14 dias. A média móvel aponta para 1.097 casos por dia no estado.

A preocupação, de acordo com o documento publicado pela Sesa, está diretamente ligada a prevalência do vírus da Covid-19 da linhagem Ômicron. Até agora, segundo a FioCruz, esta é a cepa mais contagiosa do novo coronavírus, responsável pela alta de casos no início de 2022.

Agora, a subvariante BQ.1, é encontrada em 18% dos diagnósticos feitos em todo o Brasil, conforme levantamento do projeto de sequenciamento genômico do novo coronavírus Genov, realizado pela rede de saúde integrada Dasa. A expectativa é de que esta subvariante se torne predominante em alguns meses.

Em um documento com a análise da situação da Covid-19, publicado pela OMS no fim de outubro, a entidade descreve que é preciso ter atenção as mutações da Ômicron, pois há um escape imune, o que significa que o esquema vacinal precisa estar com os reforços completos para garantir uma maior proteção. Apesar disso, a OMS afirma que não há dados que indicam o aumento dos casos graves relacionados a subvariante BQ.1.