A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou um balanço parcial sobre a quantidade de cirurgias eletivas realizadas em 2022. Foram pelo menos 355 mil procedimentos, contabilizados até o mês de outubro. Esse número representa quase 70% do total de procedimentos durante todo o ano de 2019 (509.733) – ainda sem a pandemia de Covid-19.

A crise sanitária impactou diretamente as cirurgias eletivas, que foram suspensas em função da necessidade de deixar as estruturas hospitalares totalmente dedicadas para os pacientes com Covid-19. Além disso, entre 2022 e 2021, houve vários momentos de escassez de insumos e medicamentos, o que forçou a suspensão temporária deste tipo de procedimento sem urgência.

Ainda segundo a secretaria, os números de 2022 computados até o momento superam a quantidade de procedimentos cirúrgicos eletivos feitos em 2020 e 2021. Na comparação com o 2020, quando foram realizadas quase 298 mil cirurgias eletivas, o aumento foi de 19%. Em relação a todo o ano de 2021, quando foram feitas 331.787 cirurgias eletivas, o crescimento foi de 7%.

Apesar da retomada, ainda há espera para cirurgias eletivas no estado. A própria secretaria informou que, historicamente, esses procedimentos são um gargalo dentro do Sistema Único de Saúde (SUS). Caracterizados como não urgentes, são inseridos na rotina das unidades hospitalares de maneira permanente, além da demanda diária destes serviços, que inclui desde o atendimento básico até a urgência e emergência com os atendimentos de traumas. A situação se agravou diante da quantidade de cirurgias eletivas represadas em função da pandemia de Covid-19.

No Paraná, conforme a Sesa, houve a criação de dois programas específicos para estimular essa retomada, com prioridade para procedimentos no sistema osteomuscular; aparelho digestivo; aparelho de visão; aparelho geniturinário; vascular e das vias aéreas superiores e do pescoço.

A Lei Estadual nº 21.242 de 2022 prevê a divulgação atualizada dos pacientes em fila de espera na Rede Pública Estadual de Saúde e de instituições conveniadas, prestadoras de serviço ao SUS, além de outras providências até o fim de 2023. A Sesa informou que já atendeu parcialmente essa demanda. Estima-se que cerca de 200 mil procedimentos eletivos e 300 mil consultas médicas especializadas, caracterizadas como prioritárias, precisem ser realizadas no Paraná.

Com informações da AEN