O desastre do Rio Grande do Sul será objeto de estudo do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) Emergência Climática, que estuda fenômenos dessa natureza. Uma iniciativa da Fundação Araucária que reúne pesquisadores da UEL, UEM, Unicentro, Unespar, Unioeste, UEPG, UFPR, UTFPR e PUC-PR.

O Napi avalia cenários e possibilidades e sugere soluções envolvendo sustentabilidade ambiental para serem adotadas por toda a sociedade levando em consideração os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Com atuação em cinco eixos temáticos, que vão do diagnóstico das mudanças globais e dos impactos das mudanças climáticas na biodiversidade à adaptabilidade e resiliência humana frente às intempéries climáticas, com foco no Paraná, o Napi conta, segundo dados da plataforma online iAraucária, com 50 pesquisadores e bolsistas de graduação, mestrado, doutorado e pós-doutorado.

Outras linhas de atuação dentro do eixo também são a avaliação do surgimento de espécies invasoras, o que varia de acordo com as mudanças climáticas evidenciadas. Há quem estude a viabilidade da permanência de árvores nativas, como a araucária, em regiões que hoje em dia estão mais quentes, como a região Norte e Norte Pioneiro, e também quem acompanhe de perto o aumento das pragas urbanas, como escorpiões, que passaram a circular muito mais pelas cidades devido ao aumento da temperatura.

O Napi Emergência Climática agrupa desde geógrafos até profissionais da educação, engenheiros e biólogos na esperança de encontrar, na pesquisa nas universidades, formas viáveis de enfrentar uma situação que ainda pode ser revertida.

O projeto também prevê ações de conscientização e letramento sobre a questão climática. O Napi Emergência Climática tem três anos de duração, com investimento do Governo do Estado, via Fundação Araucária, de R$ 3,2 milhões, entre os quais R$ 2,1 milhões para o pagamento de bolsas estudantis.

*Com informações da AEN