O Paraná monitora 4 casos de paranaenses que seriam vítimas de tráfico de pessoas no Camboja, na Ásia.

Segundo os dados preliminares, as vítimas teriam sido cooptadas por meio de anúncios de emprego pela internet, com promessa de renda a partir de 900 dólares, o equivalente a cerca de R$ 4.760 na cotação atual.

O trabalho seria de negociação de criptomoedas. As denúncias dão conta de que, ao chegarem ao Camboja para realizar os treinamentos para o trabalho, as vítimas são obrigadas a entregar documentos e são submetidas a jornadas de trabalho excessivas, privação parcial de liberdade e ameaças.

De acordo com as informações já levantadas a respeito do caso, as oportunidades de trabalho seriam ofertadas por empresas que supostamente atuam no mercado financeiro e de crédito.

As vagas temporárias de trabalho ofereceriam também comissões por venda de ativos. Também são prometidas, dentre outras coisas, condições de moradia e emprego, além da possibilidade de crescimento dentro do mercado de moedas digitais.

Segundo o secretário de Justiça, Família e Trabalho, Rogério Carboni, um fator que dificulta o resgate dessas pessoas, é que o país não possui embaixada ou consulado.

Segundo a Chefe do Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, Silvia Xavier, é preciso tomar cuidado quando há ofertas profissionais e financeiras que pareçam extremamente vantajosas na internet.

 

Denúncias podem ser feitas junto ao Núcleo por meio do telefone (41) 3221-7956, pelos canais Disque 100 e Ligue 180, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH).