Ao menos quatro arrombamentos ou explosões em caixas eletrônicos foram registrados no Paraná nesses primeiros dois meses de 2024. Esse número é mais da metade dos casos do ano passado inteiro, quando sete ocorrências foram contabilizadas pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região Metropolitana.

Apesar do volume de casos nesse início de ano, os números seguem em tendência de queda. Em 2022 foram 18 casos de explosões ou arrombamentos no Paraná. Em todas as situações a ação dos criminosos costuma acontecer de forma similar.

Suspeitos buscam agências bancárias, preferencialmente de madrugada, na tentativa de levar alguma quantia em dinheiro. Para isso, utilizam artefatos explosivos para acessar os caixas eletrônicos e cofres. Em alguns casos o roubo acaba malsucedido.

Foi o que aconteceu nesta quarta-feira (21), em agência dentro de Shopping de Curitiba. Criminosos arrombaram uma porta de vidro, mas os suspeitos não tiveram acesso aos caixas eletrônicos. Ainda não há informações sobre o motivo da ação, mas a Polícia Civil informou que está analisando imagens das câmeras de vigilância para auxiliar nas investigações.

Apesar desse tipo de roubo estar se tornando mais raro. O coronel da Polícia Militar e consultor de segurança, Jorge Costa Filho, explicou que a falta de penalidade específica para casos assim ainda é uma motivação para que criminosos tentem levar dinheiro dos equipamentos.

A redução no número também acontece pela mudança de hábito da população, que está preferindo por transações pelo meio digital. Além disso, a professora de direito no UniCuritiba, Mariel Muraro, lembra que foram adicionados novos agravantes no crime de roubo com o objetivo de englobar casos de explosões em caixas.

Em relação a outros crimes relacionados a roubo de bancos, os dados do Sindicado de Vigilância também mostram que o Paraná registrou quatro casos de saidinha de banco em 2023, que é quando criminosos observam e aguardam a saída da pessoa de dentro de uma agência.

Na necessidade de realizar saques em agências, a Secretaria Municipal de Defesa Social e Trânsito de Curitiba orienta para que a população nunca coloque o dinheiro ou a carteira no bolso de trás, além de não pedir ajuda ou informações a estranhos.