O governador Ratinho Junior assinou nesta quinta-feira (20), em União da Vitória, no Sul do Paraná, o protocolo de intenções para a contratação do anteprojeto para contenção de cheias no Rio Iguaçu. Em busca da solução mais viável, o documento vai levar em consideração os 17 estudos existentes para minimizar os impactos das enchentes na região.

O investimento do Governo do Estado apenas nesta etapa é de R$ 5,2 milhões, com prazo de 45 dias para a contratação da empresa responsável. A partir disso, são 10 meses para a elaboração do anteprojeto indicando a melhor proposta técnica, que pode ser única ou por meio de diferentes intervenções, incluindo túneis, canais extravasores, diques, denotações de rochas, desassoreamento e alargamento do rio.

Com base na nova Lei de Licitações, de 2021, a intenção é que a obra possa começar já em 2025, com a emissão das primeiras licenças ambientais e a instalação do canteiro de obras. Paralelamente, será elaborado o projeto de executivo, que terá como base a solução indicada pelo anteprojeto.

O Instituto Água e Terra (IAT), autarquia vinculada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), será responsável pela obra, com suporte da Secretaria de Estado do Planejamento via Paraná Projetos.

Chuvas fortes

Em outubro do ano passado, as chuvas intensas elevaram o nível do Rio Iguaçu em diferentes pontos causando estragos em diversas cidades, sendo União da Vitória a mais prejudicada – aproximadamente 40% da área do município foi alagada, danificando cerca de 20 mil residências. Porto União, em Santa Catarina, também teve problemas com a cheia, com moradores desabrigados.

Essa foi a segunda maior cheia da história na cidade, com o Iguaçu alcançando 8,38 metros, mais de três vezes o nível normal, que é de 2,5 metros. Extensão maior havia ocorrido apenas em 1983, quando o rio chegou a 10,42 metros.

Um levantamento feito pela Coordenadora da Defesa Civil do Paraná mostrou que, de 1º de outubro a 1º de novembro de 2023, 157 municípios foram prejudicados pelas chuvas em todo o Estado. O prejuízo total estimado, incluindo perdas no setor público e privado, foi de R$ 829,6 milhões.

Com informações da AEN