Um levantamento apontou que o Paraná está entre os três estados que mais contabilizaram afastamento de trabalhadores em decorrência da dengue. Conforme a VR, empresa especialista em benefícios e outras soluções para trabalhadores, de janeiro a junho deste ano, mais de 1,1 colaboradores de diversas empresas ficaram afastados de suas funções por causa da doença. O Paraná fica atrás de São Paulo, com cerca de 4,7 mil afastamentos, e Minas Gerais com quase 2,2 trabalhadores que apresentaram atestado por terem contraído dengue.

De acordo com a VR, a média que os colaboradores ficam afastados da empresa gira em torno de cinco dias.

Os dados apontaram que os setores que mais tiveram afastamentos foram construção civil, com 16% dos afastamentos, seguida da indústria, com 14% dos casos, e serviços gerais e varejo empatados com 12%.

Esse levantamento comprova o que é apresentado no boletim da dengue divulgado pela Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa), nesta terça-feira (2), que apontou, em uma semana, quase 21 mil novos casos e elevou a contabilização para mais de 545 mil confirmações no estado. Além disso, houve o registro de mais 38 mortes em uma semana, com um total de 511, desde que começou o registro do atual período epidemiológico, em julho de 2023, que termina no fim deste mês.

Os dados da Sesa apontam que ainda há 53,4 mil casos em investigação.

A Regional de Saúde com mais casos confirmados, até o momento, é a de Londrina, com 69.058 diagnósticos. Na sequência está a de Cascavel, com 63.633 casos e Francisco Beltrão com 60.413 confirmações.

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, houve o registro de cinco novos casos de chikungunya, que soma 177 confirmações e 1.865 notificações da doença no Paraná. Desde o início desse período não houve nenhuma confirmação de casos de zika vírus.

Em Curitiba, a secretária de Saúde de Curitiba, Beatriz Battistella, disse que o município realiza ações contínuas para evitar a proliferação do mosquito da dengue.

A população também deve ficar atenta aos sintomas da dengue, que são parecidos com o de uma gripe e apresentam febra alta, dor de cabeça, nas articulações e dor atrás dos olhos. É importante frisar que a dengue não apresenta sintomas respiratórios, como coriza, nariz entupido ou tosse.

O paciente deve procurar atendimento médico assim que surgirem os primeiros sintomas.