Entidades do setor produtivo do Paraná se manifestaram após o leilão do segundo lote do pedágio. Os mais de 604 quilômetros de rodovias estaduais e federais que estão pacote foram arrematados na sexta-feira (29), na B3, Bolsa de Valores de São Paulo. Apenas uma empresa disputou o pacote de rodovias: o consórcio Infraestrutura EPR, com proposta de desconto de 0,08%.

A expectativa era de que o leilão deste lote fechasse com um desconto maior, segundo o presidente da Fetranspar, Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná, Sergio Malucelli.

Para o presidente da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP), Ágide Meneguette, a maior preocupação a partir de agora é com as obras, em especial na BR 277, na ligação com o litoral.

Fernando Moraes, presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap) e coordenador do G7, também comentou sobre o baixo desconto proposto pela empresa.

José Roberto Ricken, presidente do Sistema Ocepar, fala em redução de custos para as cooperativas a partir das melhorias nas rodovias e o desconto previsto nas tarifas.

Estão previstos a obras de duplicação de 356 quilômetros de estradas, 79 quilômetros de faixas adicionais e 38 quilômetros de vias marginais. Serão ainda 55 passarelas, mais de 150 paradas de ônibus, que terão melhorias e ampliações, e mais de 100 obras de arte especiais (pontes e viadutos), entre outros benefícios.

O investimento previsto é de R$ 10,8 bilhões e o tempo de contrato é de 30 anos. Este é o leilão do segundo de seis lotes de novos contratos de pedágio. Os últimos contratos de concessão terminaram em novembro de 2021.