Números divulgados pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais apontam que o Paraná é o sétimo estado do Brasil que mais matou pessoas trans nos últimos cinco anos. No período, foram 42 registros. O estado também é o primeiro da região Sul com o maior número de ocorrências.

O estado com o maior índice de assassinatos entre 2017 e 2022 é São Paulo, com 116 registros; seguido de Ceará, com 84; Bahia, com 79; Minas Gerais, com 69; Rio de Janeiro, indicando 67; e Pernambuco, com 59. O Brasil é o 14º país que mais mata pessoas trans no mundo.

Na região Sul, o segundo estado com a maior quantidade de ocorrências no período foi Rio Grande do Sul, com 27 registros. Na sequência, aparece Santa Catarina, com 17 assassinatos de pessoas transexuais registrados.

O indicador da associação mostra que, em 2022, 131 pessoas trans foram assassinadas no Brasil, no qual 65% dos casos foram motivados por crimes de ódio, com requinte de crueldade. Para 72% dos registros, os suspeitos não tinham vínculo com a vítima. A identidade de gênero é um fator determinante para essa violência.

No próximo domingo, 29 de janeiro, é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans. O objetivo é incentivar a reflexão sobre a cidadania e os direitos das pessoas trans. A promotora de Justiça Ana Vanessa Fernandes Bezerra, do Ministério Público do Paraná, explica como a lei ajuda vítimas de violência.

A promotora explica ainda a importância de se denunciar crimes do tipo. Ela explica quais as ferramentas são possíveis de serem utilizadas caso uma agressão contra uma pessoa trans seja flagrada por qualquer pessoa.