No Paraná, devem ser notificados, em média, 790 novos casos somente este ano, de acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca), órgão que pertence ao Ministério da Saúde. Essa estimativa se justifica, já que aproximadamente 80% das mulheres sexualmente ativas, em algum momento da vida, são contaminadas com o papilomavírus humano (HPV) que é a principal causa de câncer de colo de útero, conforme o instituto.

Para detectar precocemente a doença, existe o exame citopatológico, popularmente chamado de papanicolau, que é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo a Secretaria de Saúde do Paraná (Sesa), o procedimento permite a identificação precoce das lesões, que se tratadas antecipadamente têm grandes chances de não evoluir para o câncer.

As primeiras manifestações da doença surgem em cerca de dois a oito meses, mas podem demorar até 20 anos.

Fabio Finn, oncologista do Centro de Oncologia do Paraná, falou que na maior parte dos casos, a doença é assintomática e pode permanecer silenciosa, sem manifestar sinais por muito tempo.

O oncologista também falou sobre o que acontece em um estágio mais avançado da doença.

Fábio Fin explicou como pode ser feito o tratamento nas diferentes fases do câncer.

Para evitar casos da doença, o SUS disponibiliza gratuitamente a vacina contra o HPV, que pode ser aplicada em duas doses com intervalo de seis meses entre elas, para meninos e meninas de 9 a 14 anos, além de homens e mulheres imunossuprimidos, transplantados, com câncer ou que convivem com vírus HIV.

Em relação à vacinação, o Paraná se destaca como o estado que mais imunizou meninas com a primeira dose, cerca de 78% do público-alvo. Já em relação à segunda dose, a cobertura no Paraná é de pouco mais de 62%.

Durante todo o ano, a Sesa presta apoio aos municípios para o cuidado da saúde da mulher, com atenção voltada para ações de promoção de saúde, prevenção e detecção precoce do câncer de colo de útero. A pasta também faz a busca ativa de mulheres que devem fazer os exames de rastreamento, além de orientar os municípios para a importância da vacina do HPV e incentivar o atendimento ampliado, em horários alternativos, durante a semana.