O Governo do Paraná decretou nesta terça-feira (25) estado de emergência zoosanitária pelo prazo de 180 dias por conta dos casos de gripe aviária. A medida deve agilizar o atendimento nos casos notificados de suspeita doença e facilidade no acesso de recursos no combate à doença. A decisão foi aprovada pelo Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa).

Em maio, o Ministério da Agricultura e Pecuária já havia adotado essa providência e agora orientou para que decretos semelhantes fossem assinados pelos estados com vistas ao trabalho conjunto entre as 27 unidades da Federação e o Distrito Federal, garantindo agilidade nos processos, disponibilidade imediata de recursos, caso necessário, e segurança para os importadores do frango brasileiro e para os consumidores. Até agora, Santa Catarina, Espírito Santo, Bahia, Mato Grosso do Sul e Tocantins também já adotaram decreto semelhante.

Até agora o Paraná detectou sete casos da doença apenas em aves silvestres migratórias, o que está dentro do esperado, segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), já que há migração natural de pássaros entre os continentes em busca de alimentação e para reprodução. Todos os focos já foram declarados encerrados pelo Ministério da Agricultura e Pecuária.

De acordo com o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, a avicultura foi a atividade que mais gerou valor nas propriedades rurais do Paraná em 2022. Neste ano de 2023, de janeiro a junho, o Estado exportou mais de 1 milhão de toneladas de carne de frango para mais de 130 países. O setor precisa ser preservado.

Desde a primeira notificação de gripe aviária no Paraná, em 21 de junho, a Adapar já fez quase 800 fiscalizações na região litorânea, onde foram registrados os sete focos em aves silvestres migratórias. Cerca de 20 mil aves de subsistência foram examinadas clinicamente e consideradas saudáveis. Segundo o órgão fiscalizador, nessa região não há nenhuma granja com produção comercial ou para reprodução.