Muitos imaginavam que o ano de 2022 seria bem diferente. Nos últimos meses de 2021, o número de casos confirmados do novo coronavírus diminuiu significativamente no Paraná, no entanto, a média diária de casos voltou a subir e isso causa preocupação aos profissionais de saúde.

Em dezembro de 2021, por exemplo, o estado contabilizou uma média diária de 602 novos casos confirmados da Covid-19. Já nos primeiros nove dias de janeiro de 2022, a média diária passa dos 3 mil novos casos.

Do dia 1º até este domingo (9), foram confirmados 29.903 casos, com média diária de 3.322 novos casos, ou seja, um aumento de mais de 550% na comparação com dezembro de 2021.

O médico cardiologista, professor da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e do Centro de Epidemiologia e Pesquisa Clínica da Universidade (Epicenter), José Rocha Faria Neto, explica que a circulação da variante Ômicron da Covid-19 demonstra a preocupação com a doença.

O médico ressalta que apesar de estudos indicarem que a nova variante é mais transmissível e menos letal, muitas pessoas podem contrair a doença e evoluir para casos graves e até morrerem por complicações causadas por ela.

Em Curitiba, a situação também chama a atenção. O número de casos ativos da doença, ou seja, de pessoas com potencial de transmissão, teve um aumento expressivo.

No dia 23 de dezembro de 2021, a capital paranaense registrou o menor número de casos ativos do ano, com 719. De lá para cá, os números voltaram a subir. Na última sexta-feira (7), 4.343 pessoas eram consideradas como casos ativos da Covid-19.

Em entrevista à CBN Curitiba, a secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak, chamou o momento atual de “tsunami” e frisou que se os casos fossem mais graves, o sistema de saúde já teria entrado em colapso.

O médico infectologista, Francisco Beraldi de Magalhães, explica que ainda é cedo para falar sobre a gravidade da variante Ômicron, mas frisa que transmitir mais e matar menos é até uma questão evolutiva dos vírus.