A queda no número de turistas brasileiros que visitaram o estado foi de 40%, entre 2019 e 2021. Esse número foi divulgado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, sobre Turismo, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no período de 2020 e 2021.

O cenário já era esperada em razão da pandemia da Covid-19, que levou o país a uma situação de emergência sanitária com diversas restrições adotadas pelas autoridades de saúde, como explica o presidente da Associação Brasileira das Agências de Viagem do Paraná (ABAV-PR), João Alceu Rigon Filho, que ainda alerta para uma recuperação do setor dentro de dois anos.

Essa queda de 40% significa que dos mais de 1,1 milhão viajantes que o Paraná recebeu em 2019, último ano antes da pandemia, caiu para cerca de 680 mil em 2021. Em todo o Brasil, o número de viagens nacionais teve redução de 39%, passou de 20 milhões para pouco mais de 12 milhões no mesmo período.

Outro dado levantado pela pesquisa, foi que, além de ter recebido menos turistas nos últimos dois anos, os moradores do Paraná também viajaram menos. Em 2019, os viajantes paranaenses realizaram 1,3 milhão viagens para outras cidades do país ou para o exterior. Dois anos depois caiu para 774 mil, o que representa uma redução de quase 41% e seguiu uma tendência nacional.

No ranking entre os estados que mais receberam viajantes o Paraná está em 6º lugar, recebeu quase 6% dos turistas do país. Depois do Paraná aparecem Santa Catarina, com pouco mais de 5%; Ceará, com 4%, e Pará com 3,9%.

O presidente da ABAV explica que Foz do Iguaçu atrai muitos turistas e que é preciso investir para fomentar o setor no Paraná.

No momento, a dificuldade é a contratação de mão de obra, pois muitos profissionais migraram para outras áreas. Contudo, João Alceu Rigon Filho espera que essa situação seja revertida em breve.

Entre os principais motivos apontados por mais de 25% dos paranaenses para não terem realizado viagens foi a falta de dinheiro. Para 16% foi o fato de não sentir necessidade de viajar; já para 13% foi a falta de tempo; para 10% das pessoas que responderam à pesquisa, disseram que viajar não é uma prioridade e cerca de 8% dos entrevistados não têm interesse em viajar.