Nesta semana o governo federal espera conseguir um diálogo com os docentes e técnicos administrativos que estão em greve nas universidades e institutos federais no Paraná. As categorias estão de braços cruzados há 52 dias. Houve o encerramento das negociações com a assinatura de um acordo no dia 27 de maio por representantes do Governo Federal e da Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (PROIFES). O reajuste seria pago em duas parcelas. A primeira em janeiro de 2025 (9%) e a segunda em maio de 2026 (3,5%) e reestruturação na progressão entre os diferentes níveis da carreira.

Mas diante da não representatividade sinalizada pelos docentes e servidores que são do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), ainda há a expectativa de uma nova negociação com o governo. O Ministério da Gestão havia anunciado uma reunião nesta quinta-feira (6) com os reitores das universidades, mas deve ficar para a semana que vem, segundo Francisco de Assis Marques, comando da greve local da UFPR no Paraná

O governo federal afirmou não ter condições de aumentar a proposta, mas uma nova rodada de negociações com a apresentação de uma contraproposta por parte do Andes deve ocorrer no dia 14 de junho.

A categoria, pedia anteriormente um aumento salarial de 7,06% ainda em 2024, de 9% em janeiro de 2025 e de 5,16% em 2026, mas afirma estar disposta a reduzir a porcentagem, desde que exista uma aplicação ainda neste ano.

Segundo a Justiça Federal em Sergipe, o Proifes não possui registro sindical e só representa 15% do total das instituições, o que pode prejudicar os interesses do restante da categoria.

Ainda não há prazo para o fim da greve e um calendário adaptado só deve ser discutido após o encerramento do ato.