A democratização da cultura é um tema que tem ganhado cada vez mais força e relevância. Por isso está cada vez mais comum se deparar com Leis e incentivos a projetos desta área. Não à toa, pois um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) aponta que para cada R$1,00 investido em cultura, há um retorno de R$1,59 para a sociedade. A professora e pesquisadora Ana Clara Corrêa Henning, chefe do Núcleo para Desenvolvimento Universitário da Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul, explica que a Lei Rouanet, por exemplo, que vem sendo duramente criticada, alcança núcleos artísticos que realmente necessitam e democratizam a arte.

Outro ponto levantado pela pesquisadora, é a afirmação de que a arte pode desvirtuar pessoas. De acordo com Ana Clara, ela serve para reforçar o pensamento crítico e o livre desenvolvimento da compreensão de mundo da população.

Um exemplo da democratização da cultura na capital paranaense tem sido mostrado pela 31ª edição do Festival de Teatro Curitiba, que possui mais de 350 mostras e uma boa parte com apresentações gratuitas, na rua, nas praças e em locais mais afastados dos grandes centros culturais, muitas vezes considerados inatingíveis por parte da sociedade.

Segundo a pesquisadora, a constituição garante esse acesso à cultura e é possível tomar medidas para garantir que o patrimônio cultural do curitibano, do paranaense, do brasileiro, seja preservado e os cuidados fiscalizados.