Durante entrevista coletiva, na manhã desta segunda-feira (1º), o delegado-chefe do Núcleo de Proteção a Crianças e Adolescentes Vítimas de Crimes (Nucria), Rodrigo Rederde, afirmou que a frieza dos pais chamou a atenção da polícia. Contudo, a comprovação do crime de violência sexual só pode ser confirmada após a emissão do laudo que vai determinar a causa da morte, bem como a que tipo de violência a criança foi submetida.

A situação foi constatada durante o atendimento da criança, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Sítio Cercado, na noite da última sexta-feira (28). Foram identificados sinais de violência e a polícia foi acionada imediatamente. O bebê, uma menina de apenas três meses, foi levada à emergência pelo pai e já chegou à UPA em estado grave.

Os médicos ainda tentaram de reanimar o bebê, que chegou com parada cardiorrespiratória e sinais de violência sexual. Contudo, o quadro era tão grave que a criança não reagiu às manobras de reanimação e morreu após dar entrada na unidade de saúde.

De acordo com informações repassadas pela prefeitura de Curitiba, a mãe da menina chegou quando já havia sido constatada a morte da criança.

O delegado falou que já havia atendimento do Conselho Tutelar à família. Além disso, Rodrigo Rederde também disse que as condições da casa onde a criança vivia com os pais e mais dois irmãos, de três e cinco anos, era totalmente insalubre, com muita sujeira e lixo espalhado.

Outro fato que chamou a atenção dos investigadores foi que o bebê passou por um internamento há cerca de um mês e meio, porque já apresentava problema de saúde.

Os pais da menina foram autuados em flagrante por suspeita de abuso sexual e negligência. Eles continuam presos preventivamente e estão à disposição da Justiça.