Desde quarta-feira (1), a Urbanização de Curitiba (Urbs) proibiu o uso de cartões virtuais para o pagamento das passagens de ônibus na capital. A medida foi tomada após a descoberta de um grupo criminoso que utilizava, principalmente, este método para fraudar o processo. O prejuízo ao transporte público já soma mais de R$ 1 milhão.

Os criminosos usavam uma engenharia social que simulava o pagamento da passagem por meio de celular ou relógio e vendiam essas passagens aos usuários a preços mais baratos do que a tarifa, que é de R$ 6.

O usuário era abordado, o criminoso se oferecia para pagar a passagem com celular em troca de um valor menor e o passageiro passava na catraca. No fim das contas, a Urbs acabava não recebendo pelas passagens “vendidas” ilegalmente.

Vilson Kimmel, gestor da área de Tecnologia da Informação da Urbs, explica que apenas os cartões virtuais utilizados pelo sistema NFC de celulares e relógios inteligentes não estão liberados.

Outra mudança feita pela Urbs é a permissão para que um mesmo cartão possa ser utilizado até três vezes em um prazo de 15 minutos. O usuário que, por exemplo, for pagar a passagem para o filho pode utilizar o cartão.

Ainda não há uma previsão para quando os pagamentos por aproximação com uso de celulares e relógios voltarão a ser aceitos.

As investigações sobre o esquema de fraude no sistema de pagamento continuam e são realizadas pela Polícia Civil, com apoio da Urbs.