A Polícia Civil do Paraná (PCPR) cumpre, nesta segunda-feira (26), 24 ordens judiciais contra uma organização criminosa ligada ao tráfico de animais silvestres. Dentre as ordens judiciais estão 11 mandados de prisão temporária e 13 de busca e apreensão.
A ação acontece simultaneamente nas cidades de Curitiba, Araucária, Almirante Tamandaré, São José dos Pinhais, Matinhos, Colombo, Campina Grande do Sul, no Paraná e em Joinville, em Santa Catarina. A operação conta com o apoio da Polícia Militar do Paraná, da Polícia Científica, do Instituto Água e Terra, da prefeitura de Curitiba e do Criadouro Onça Pintada.
As investigações de alta complexidade iniciaram em junho de 2023, para apurar o tráfico de animais silvestres e exóticos em todo o Brasil por aplicativos de mensagens e entrega pelos Correios e aplicativos de entrega de mercadorias.
No decorrer das investigações, a PCPR apurou que os criminosos chefiavam 27 grupos de aplicativos de mensagens destinados exclusivamente ao tráfico dos animais silvestres e exóticos, além de integrarem dezenas de outros grupos que continham mais de 20 mil membros em todo o território nacional, com conexões internacionais no Paraguai e Venezuela.
Para viabilizar o tráfico de animais, os anúncios eram realizados em grupos dedicados exclusivamente à venda criminosa de animais silvestres e exóticos, pelas redes sociais e aplicativos de mensagens, enquanto a entrega para todo o Brasil ocorria por aplicativos de transporte de passageiros e de cargas. O recebimento dos valores da atividade criminosa era realizado por meio contas bancárias de laranjas, inclusive de pessoas que já faleceram.
Dentre os crimes investigados estão tráfico de animais, falsificação de documento público, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Por meio de nota, os Correios informaram que trabalham em parceria com os órgãos de segurança e fiscalização para coibir o tráfego de itens proibidos. Muitas das apreensões realizadas são resultados do processo de fiscalização realizado pelos Correios. Quando a empresa identifica itens suspeitos, os órgãos de segurança e fiscalização são acionados.
Com informações da PCPR