Parlamentares da oposição ao governo Ratinho Junior (PSD) na Assembleia Legislativa do Paraná entraram com diversas ações jurídicas para tentar barrar o projeto de lei que pretende privatizar a Companhia Paranaense de Energia (Copel). O texto foi apresentado pelo Governo do Estado na última segunda-feira (21) para ser votado em regime de urgência pelos deputados.

A bancada também vai protocolar ações no Ministério Público do Estado (MP-PR), Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) e Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para apurar possível vazamento de informação privilegiada no mercado diante da decisão de reduzir o número de acionistas por parte do governo na empresa.

O líder da oposição, deputado Arilson Chiorato (PT), em conjunto com os demais parlamentares, protocolou um requerimento encaminhado ao governador, pedindo a suspensão imediata da venda da Copel, e também de suspensão da tramitação na própria Alep.

Durante audiência na ALEP nesta terça-feira (22), o líder do Governo, Marcel Micheletto (PL), destacou o indicador que colocou o Paraná como a quarta maior economia do Brasil. Ele afirmou que é preciso apoiar o governador para possibilitar que o Paraná passe por possíveis crises econômicas diante do novo Governo Federal.

Ainda na audiência, o líder da oposição afirmou que a medida é de grande prejuízo para a empresa. O parlamentar considera que o projeto de lei não foi discutido com a sociedade.

O deputado estadual Plauto Miró (União Brasil), que já votou a favor da privatização da Copel em 2001, falou da necessidade de ajudar o Governo do Estado em possíveis momentos difíceis, mas ponderou que deverá existir harmonia entre a gestão do Paraná e o Governo Federal.

O professor do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal do Paraná (UFPR), professo Emerson Cervi, analisou a decisão do governo que tem gerado polêmica entre os deputados estaduais.

Por: Bruno de Oliveira