O G7, grupo que reúne lideranças do setor produtivo paranaense, demonstrou preocupação com a Operação Padrão, também chamada de Operação Tartaruga, deflagrada pelos auditores fiscais da Receita Federal nos postos aduaneiros, no final de dezembro do ano passado. Os integrantes do G7 alegam que a operação afeta diretamente o setor produtivo do Estado.

Segundo informações, a operação consiste em uma fiscalização mais lenta e rigorosa. Com isso, a liberação de mercadorias nas alfândegas tem levado mais tempo que o habitual.

Um ofício enviado ao Ministro da Economia, Paulo Guedes, e também à superintendente da Receita Federal da Região, Claudia Regina Tomaz, pelos membros do G7, informa que a operação já causa muitos prejuízos que podem chegar a R$ 4 milhões por dia, somente na tríplice fronteira, em Foz do Iguaçu. Segundo a entidade, a operação também afeta a qualidade de vida de cerca de 4 mil caminhoneiros que precisam ficar na fila para aguardar o desembaraço aduaneiro. Os motoristas ficam expostos a condições climáticas extremas e sem condições adequadas de higiene e alimentação, segundo os membros do G7.

O presidente da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), e coordenador do G7, Fernando Moraes, falou que a operação prejudica toda a cadeia produtivo e os consumidores.

Os servidores federais deram início à operação em busca de reajuste salarial, regulamentação de bônus da categoria e abertura de concurso público.