A Receita e a Polícia Federal no Paraná cumpriram uma série de mandados de prisão e de busca e apreensão em quatro estados na manhã desta quinta-feira (28). As ações aconteceram no próprio Paraná, na Bahia, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Oito pessoas foram presas.
Batizada de Operação Tank, a ação é paralela à Operação Carbono, em andamento a partir de São Paulo, totalizando mobilização policial em sete estados.
As ordens judiciais têm relação com investigações que apontam lavagem de dinheiro do crime organizado, contrabando de produtos químicos e sonegação fiscal em uma rede de postos e distribuidoras de combustíveis.
O superintendente-adjunto da Receita Federal, André Rodrigues, falou sobre a força-tarefa.
SAIBA MAIS:
Conforme a PF, as investigações começaram em 2023, quando um homem já condenado por tráfico internacional e a esposa dele passaram a ostentar bens de luxo em um condomínio de alto padrão em Pinhais, na região metropolitana.
A partir disso, o grupo teria passado a usar postos de combustíveis, distribuidoras e instituições de pagamento para lavagem de dinheiro, adulteração de combustíveis e também para fraudar as quantidades de combustível vendidas. A organização criminosa contava com 46 postos de combustíveis na região de Curitiba.
No total, a quadrilha ocultou e dissimulou a origem ilícita de quase R$ 600 milhões em depósitos em espécie, fracionados e não identificados. Além disso, ao menos 121 empresas depositaram cerca de R$ 1,4 bilhão nas contas da distribuidora, sem justificativa conhecida e sem documentação que desse lastro às transações. Estima-se que a movimentação total nesses casos supere os R$ 20 bilhões.
A PF ainda estima que o grupo criminoso seja responsável por dívidas tributárias junto à Receita Federal, já inscritas em dívida ativa, de mais de R$ 1,6 bilhão, incluindo autuações por sonegação fiscal e por fraude em importações.
O que a Paranapetro diz
Sobre essa operação, por meio de nota, a Paranapetro disse que “a infiltração do crime organizado no segmento de combustíveis de todo o Brasil é um problema grave, e que vem sendo denunciado e investigado pelas autoridades competentes nos últimos anos. O Paraná é especialmente sensível por conta da entrada de produtos importados pelo Porto de Paranaguá, utilizados de forma ilegal em adulterações, conforme informações que também já tinham sido levadas ao conhecimento dos órgãos fiscalizadores. A operação em curso, desse modo, é muito importante para combater a ilegalidade no segmento, que se espalhou pela produção, distribuição e revenda, em diversos estados do Brasil”.








