Após uma operação da Polícia Federal contra fraude em licitações em livros infantis, a prefeitura de Colombo, na região metropolitana de Curitiba, determinou a instauração de um processo administrativo para que seja feita a apuração sobre o caso.

O secretário de Educação e vice-prefeito da cidade Alcione Luiz Giaretton (Republicanos) foi afastado de suas funções, nesta quinta-feira (29), por decisão judicial, durante o cumprimento de mandados da operação “Liber”, da Polícia Federal (PF). Mais de 2 milhões de reais foram sequestrados, além de veículos e imóveis.

A operação tem a finalidade de desarticular uma estrutura criminosa suspeita de atuar no direcionamento de licitações e sobrepreço de livros infantis, junto a Secretaria Municipal de Educação em Colombo. Com a ação, a PF pode reunir informações, identificar os envolvidos e interromper as atividades ilícitas.

Sete mandados de busca e apreensão foram cumpridos, em Curitiba e Colombo, em locais estratégicos. Os crimes investigados incluíam corrupção passiva, corrupção ativa, associação criminosa, fraude à licitação e lavagem de capitais.

Liber

O termo “Liber”, de origem latina, significa “livro”. Ele foi escolhido como nome da operação por representar o meio pelo qual os agentes criminosos buscavam seu enriquecimento ilícito. Eles utilizavam a compra fraudulenta de livros infantis como fachada para desviar recursos públicos.

As penas previstas para os envolvidos, se condenados, somam mais de 33 anos de prisão.

Além da instauração do inquérito administrativo, a prefeitura de Colombo, por meio de nota, disse que recebeu com surpresa a notícia dos fatos investigados.

O vice-prefeito Alcione Luiz Giaretton (Republicanos) também se manifestou por meio nota. Ele disse que “o processo é uma fantasia orquestrada por um opositor político com o único objetivo de macular a minha imagem pública. A busca e apreensão foi frustrada porque nada foi encontrado que possa me ligar a qualquer ilícito. Todas as licitações da Secretaria de Educação seguem o regular trâmite legal. Meus advogados vão pedir acesso aos autos e minha inocência será provada. Confio na Justiça”.