Policiais do Paraná cumpriram 74 mandados de prisão e de busca e apreensão em várias cidades do Paraná, Santa Catarina e São Paulo, nesta terça-feira (20). A operação tem relação com a investigação da tentativa de assalto a uma transportadora de valores de Guarapuava, na Região Central do Estado.
Mais de 500 policiais participaram da operação conjunta entre Polícia Militar, Civil e Científica do Paraná, que resultou na prisão de 17 pessoas e na apreensão de 7 armas de diversos calibres, além de cerca de 330 munições. Durante a operação também houve confrontos e três pessoas morreram, de acordo com informações repassadas pelas forças de segurança. Ainda há três suspeitos foragidos.
O delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Sílvio Rockembach, afirmou que a prisão desses suspeitos vai contribuir para esclarecer crimes que aconteceram em outros estados.
Sílvio Rockembach também falou sobre a vida de ostentação dos criminosos, que era incompatível com a condição social deles.
Os policiais cumpriram ordens judiciais – em dezenas de cidades paranaenses, catarinenses e paulistas – contra uma quadrilha investigada pela tentativa de assalto a uma transportadora de valores de Guarapuava, na região central do Paraná. O crime aconteceu no dia 17 de abril e levou pânico à população da cidade.
Desde que as investigações começaram, há cinco meses, foram realizadas outras ações policiais que terminaram com a prisão de 7 pessoas e a apreensão de 10 armas. Além disso, 5 pessoas morreram em confrontos com policiais.
Com a operação desta terça-feira (20) o saldo total, até o momento, é de 24 criminosos presos, 17 armas apreendidas e 8 mortos, como explicou o comandante-geral da Polícia Militar, coronel Hudson Leôncio Teixeira.
As mortes registradas nessa operação aconteceram em São Paulo, sendo duas na capital paulista e uma no interior do estado. Elcio Junqueira dos Reis, conhecido, como Pequeno ou Pastor, e Michael David Silva dos Santos morreram após entrarem em confronto com os policiais. Antônio Gomes Silva, conhecido como “Véio”, também morreu após um confronto na cidade paulista de Hortolândia.
Há indícios da participação desses suspeitos em roubos em outros estados, segundo o comandante-geral da Polícia Militar.
O secretário de Segurança Pública do Paraná, Wagner Mesquita, falou da necessidade da criação de bancos nacionais interligados com materiais genéticos para auxiliar na resolução de crimes.
Conforme informações da polícia, há três inquéritos policiais e os suspeitos vão responder, entre outros crimes, por organização criminosa, latrocínio, incêndio, lesão corporal grave, porte ilegal de armas de fogo e explosão.
O crime que resultou nessa e em outras intervenções da polícia, aconteceu no domingo de Páscoa, em 17 abril, na cidade de Guarapuava. Pelo menos, 30 criminosos participaram do ataque a uma empresa de transporte de valores. A quadrilha estava armada com fuzis e bombas.
Durante a ação, os bandidos fizeram vários reféns e usaram os moradores como escudo-humano para evitar a aproximação dos policiais.
Os criminosos também atacaram o batalhão da Polícia Militar, que ficou destruído. Dois caminhões foram incendiados nos portões de acesso para evitar que os policiais impedissem a ação criminosa.
Na ação, dois policiais ficaram feridos. Um deles, o Cabo Ricieri Chagas, levou um tiro na cabeça e morreu depois de ficar vários dias internado.