Entre os presos está a dona da rede de óticas, uma mulher de mais de 60 anos, e sete funcionários, entre eles um optometrista. A empresa atuava na região central da capital. Nas nove lojas e na residência da mulher a polícia apreendeu cerca de 100 mil óculos e armações falsificadas, lentes de baixa qualidade. Os produtos seguem para análise laboratorial.
De acordo com o delegado Cássio Conceição, durante os oito meses de investigação, foram registrados 27 boletins de ocorrência de vítimas que se sentiram lesadas pela organização criminosa. A grande maioria, pessoas idosas.
Entre os crimes investigados estão estelionato, indução do consumidor a erro e crimes contra a saúde pública.
O delegado explica que o esquema era articulado. Eles abordavam as vítimas na rua.
A dona da empresa já é velha conhecida da polícia. Em 2011 já havia sido presa por crimes semelhantes. Desta vez, se condenada, poderá ficar presa por 20 anos.
Segundo o delegado, a cabeça do esquema tem uma fábrica de óculos e lentes em Minas Gerais. A polícia suspeita que os produtos falsificados tenham sido vendidos para outras regiões do país. O número de vítimas deve ser ainda maior.
Rodolpho Ramazzini, diretor da Associação Brasileira da Indústria Ótica, destaca que após as investigações a polícia deve pedir fechamento da fábrica em Minas.
Foram apreendidos ainda dois carros de luxo de propriedade da dona da rede de óticas. Segundo a polícia, o valor destes veículos deve ser utilizado para ressarcimento do dano civil das vítimas.