Das três pessoas que foram atacadas por abelhas uma já foi liberada e duas permanecem internadas no Hospital Cajuru. O cabo do Corpo de Bombeiros, Marlon Deivid Ludovico Carlota, recebeu alta na madrugada desta sexta-feira (8), de acordo com a unidade hospitalar. O oficial foi levado para receber atendimento médico após ter uma crise alérgica em razão das picadas sofridas. Outros dois pacientes permanecem internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Sandro Marcos Alves e Daniel Francisco Machado seguem estáveis e continuam recebendo medicação. Até o momento não há previsão de alta, segundo o Hospital Cajuru.

O ataque aconteceu na tarde desta quinta-feira (7), na Praça Eufrásio Correia, no centro de Curitiba, enquanto funcionários da prefeitura faziam corte e poda de árvores na praça, que fica ao lado da Câmara Municipal de Curitiba, como explicou o capitão Jackson, do Corpo de Bombeiros.


SAIBA MAIS:

Ataque de abelhas no centro de Curitiba deixa duas pessoas em estado grave


Ao todo, 13 pessoas foram atacadas por abelhas e três receberam atendimento médico. Duas foram encaminhas em estado grave e uma com ferimentos moderados. As outras dez pessoas que foram picadas pelas abelhas não precisaram receber atendimento das equipes do Corpo de Bombeiros.

O capitão da Corporação disse o que as pessoas devem fazer nessas situações.

Em nota, a prefeitura de Curitiba informou que a equipe contratada pelo município para o serviço de poda de árvores em espaços públicos foi atacada por abelhas africanas. Ainda de acordo com o município, a equipe fazia a remoção de uma árvore que apresentava risco de queda, quando foi atacada por abelhas que estavam dentro do tronco. A prefeitura comunicou que presta todo o apoio às vítimas.

De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), com as altas temperaturas, acidentes com abelhas tendem a ser mais comuns no Paraná.

Dentro das casas e quintais, os locais mais comuns para a instalação de colmeias são os beirais de edificações, postes de iluminação pública, troncos de árvores ocos, fendas em muros e paredes.

Os acidentes também podem ocorrer durante o processo de migração da colônia, quando as abelhas se aglomeram em enxames para procurar outro local para estabelecer a colmeia.

Quando o acidente ocorre com poucas picadas, o quadro clínico pode variar de uma inflamação local até uma forte reação alérgica, como choque anafilático. Já no de caso de múltiplas picadas pode ocorrer uma manifestação tóxica mais grave e, às vezes, ser até mesmo fatal.

Em caso de acidente provocado por múltiplas picadas de abelhas, é preciso levar a pessoa rapidamente ao hospital, junto com alguns dos insetos que provocaram o acidente.

Em caso de emergência, as pessoas podem acionar o Corpo de Bombeiros, telefone 193 e também o Samu, 192.

Informações da Secretaria de Estado da Saúde:

Como prevenir acidentes

• A remoção das colônias de abelhas situadas em lugares públicos ou residências deve ser efetuada por profissionais devidamente treinados e equipados, preferencialmente à noite ou ao entardecer, quando os insetos estão calmos;
• Evite se aproximar de colmeias de abelhas africanizadas Apis mellifera sem estar com vestuário e equipamento adequados (macacão, luvas, máscara, botas, fumigador, etc.);
• Evite caminhar e correr na rota de vôo das abelhas;
• Barulhos, perfumes fortes, desodorantes, o próprio suor do corpo e cores escuras (principalmente preta e azul-marinho) desencadeiam o comportamento agressivo e, consequentemente, o ataque de abelhas;
• Sons de motores de aparelhos de jardinagem, por exemplo, exercem extrema irritação em abelhas. O mesmo ocorre com som de motores de popa;
• No campo, o trabalhador deve ficar atento para a presença de abelhas, principalmente no momento de arar a terra com tratores.

Primeiros socorros no caso de acidentes

Em caso de acidente provocado por múltiplas picadas de abelhas, é preciso levar o acidentado rapidamente ao hospital, junto com alguns dos insetos que provocaram o acidente.

A remoção dos ferrões pode ser feita por raspagem com lâminas, e não com pinças, pois esse procedimento resulta na inoculação do veneno ainda existente no ferrão.

Sintomas – acidentes

As reações desencadeadas pela picada de abelhas variam de acordo com o local e o número de ferroadas, bem como características e o passado alérgico do indivíduo atingido. As manifestações clínicas podem ser alérgicas (mesmo com uma só picada) e tóxicas (múltiplas picadas).

Normalmente, após uma ferroada há dor aguda local, que tende a desaparecer espontaneamente em poucos minutos, deixando vermelhidão, coceira e inchaço por várias horas ou dias. A intensidade desta reação inicial causada por uma ou múltiplas picadas deve alertar para um possível estado de sensibilidade às picadas subsequentes.

Em casos de múltiplas picadas, podem ocorrer manifestações sistêmicas, devido à grande quantidade de veneno inoculada. Nesse caso, os sintomas são irritação e ardência da pele, vermelhidão, calor generalizado, pápulas, urticárias, pressão baixa, taquicardia, dor de cabeça, náuseas e/ou vômitos, cólicas abdominais e broncoespasmos.

Em casos mais graves pode ocorrer choque, insuficiência respiratória aguda, e insuficiência renal aguda. As manifestações alérgicas locais são caracterizadas por um inchaço que persiste por alguns dias. As reações alérgicas sistêmicas podem variar de urticária generalizada e mal-estar até edema de glote, broncoespasmos, choque anafilático, queda da pressão arterial, colapso, perda da consciência, incontinência urinária e fecal, e cianose.

Por que as abelhas atacam?

O ferrão dos abelhas, vespas e formigas (himenópteros sociais) exerce um papel essencial para a defesa de suas colônias. As abelhas geralmente formam sociedades com apenas uma rainha, vários zangões e operárias, sendo estas as responsáveis pelas picadas.

Elas perdem o ferrão ao picar, morrendo em seguida. Como possui músculos próprios, o ferrão continua a injetar a peçonha mesmo após a separação do resto do corpo. Ao atacar nas proximidades de um enxame, as primeiras abelhas liberam um feromônio que faz com que outras invistam contra o mesmo alvo, podendo ocasionar acidente com centenas de picadas.

Coloridos, odores e sons as irritam facilmente. Há cerca de 20 mil diferentes espécies de abelhas. Elas vivem em todos os continentes, exceto o Antártico, e são importantes em diversos ecossistemas, desempenhando o papel de polinizadoras. O mel produzido nas colmeias é utilizado na alimentação da própria colônia.