O projeto para entrega das obras da Linha Verde, na região do bairro Atuba, em Curitiba, deve ficar pronto apenas no segundo semestre de 2024. A informação foi divulgada pela prefeitura durante visita do prefeito Rafael Greca (PSD) ao local onde a empreiteira contratada realiza os serviços.
Iniciado em setembro do ano passado, acabou sendo paralisado em dezembro por dez dias após protesto de trabalhadores da empresa que atua na área. Na época, a prefeitura informou à CBN que o prazo de entrega do trecho era março de 2024.
A Linha Verde é uma importante via expressa de Curitiba que liga a cidade nos dois extremos. A primeira parte da obra foi finalizada em 2009, mas o trecho próximo ao bairro Atuba, que tem cerca de três quilômetros, é o mais complexo, segundo a prefeitura, e o que tem levado mais tempo para ficar pronto.
Na obra, a prefeitura realiza diversas iniciativas como construção de trincheiras, alças de acesso, serviços de terraplanagem, pavimentação, drenagem, paisagismo, sinalização, relocação de postes de energia, semáforos e acessibilidade. No local, também serão construídas as estações-tubo Atuba e Solar.
Para quem precisa passar pelo local, a situação é de transtorno. A Jucimara de Paula é promotora de vendas em um hipermercado na região e reclama do atraso das obras.
Para Lincon Cronemberg, repositor no hipermercado localizado no lado da obra, o problema é grande. Ele precisa vir do centro de Curitiba até o bairro para poder trabalhar.
O empresário Reinaldo da Silva, que é cliente no hipermercado, também diz que a obra tem sido um problema. Ele aponta que o tempo no trânsito na área é muito maior que o que deveria ser se o projeto estivesse no prazo inicial.
A obra está sendo realizada com recursos repassados por meio da Caixa Econômica Federal, e a coordenação e fiscalização dos trabalhos são feitas pela Secretaria Municipal de Obras Públicas.
Na área conhecida como Trevo do Atuba foram retirados cerca de 90 mil metros³ de terra. Ao todo, precisam ser retirados 135 mil metros³ para implantação do complexo de trincheiras. No ponto onde a obra tem atrasado, o projeto segue com os serviços de tirantes, drenagem, terraplenagem e camadas iniciais de pavimentação de asfalto na pista.