O novo presidente do Tribunal Regional do Paraná, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, negou que o julgamento do senador Sergio Moro deva acontecer no dia 8 de fevereiro. A pauta havia sido incluída na sessão pelo ex-presidente do Tribunal, Wellington Emanuel Coimbra de Moura, antes da troca de comando e chegou a ser confirmada pela assessoria do TRE.
De acordo com o presidente, Sigurd Roberto Bengtsson, não haveria tempo hábil para concluir todos os trâmites necessários até a próxima semana. Ele explica que ainda é preciso aguardar que a lista tríplice, validada pelo Tribunal Superior Eleitoral, seja encaminhada para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é quem vai definir o juiz que vai compor a Corte do Tribunal paranaense
As ações contra Sérgio Moro foram movidas pelo Partido Liberal (PL) e pela Federação Brasil da Esperança, que reúne PT, PCdoB e PV. As acusações são de houve abuso de poder econômico, abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante a campanha para o Senado.
Também de acordo com a acusação, houve “desvantagem ilícita” em favor dos demais concorrentes ao cargo de senador diante dos “altos investimentos financeiros” realizados antes de Moro se candidatar ao Senado.
Em dezembro de 2023, durante depoimento ao Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, Moro negou as acusações e disse que os gastos feitos no decorrer da campanha não foram ilegais e foram declarados à Justiça Eleitoral.
Caso a cassação de Sergio Moro seja confirmada, ainda cabe recurso ao TSE, em Brasília. Porém, se houver uma condenação e essa decisão for mantida, devem ser convocadas novas eleições para o Senado no Paraná.
A rádio CBN Curitiba procurou a defesa do senador Sérgio Moro e até o fechamento dessa reportagem não houve retorno.