O movimento chamado “the great resignation” ou a grande renúncia, que consiste no pedido de demissão voluntária, começou nos Estados Unidos e logo a ideia se espalhou pelo mundo.

Por aqui, muitas pessoas já aderiram a essa tendência que pode parecer estranha diante dos dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que apontam para quase 12 milhões de pessoas desempregadas no país.

Esse movimento, divergente em relação às taxas de desemprego, fez dobrar a média de pedidos de demissão na comparação com a média histórica dos últimos anos, segundo Márcio Monson, CEO da Selecty, empresa curitibana de tecnologia na área de recrutamento e seleção.

Ele explica que a pandemia mudou o mercado de trabalho e essa nova tendência dificulta o recrutamento, especialmente na área de tecnologia.

Os profissionais buscam qualidade de vida e procuram trabalhar em ambientes mais saudáveis e flexíveis, como afirma Márcio Monson.

As empresas já perceberam essa mudança no perfil dos profissionais e estão se adequando para promover aos seus colaboradores um equilíbrio entre vida profissional e pessoal.

E foi seguindo essa nova onda mundial que a assistente de marketing, Giulia Montemurro, formada em Relações Públicas, mudou de empresa.

Já a advogada especialista e mestre em Direito Ambiental, Maira Cardoso Farias, decidiu pedir demissão de um emprego estável em prol da sua saúde.