Uma nova rachadura voltou a ser motivo de preocupação na BR 277 nesta terça-feira (14), desta vez no km 28, na cabeceira da ponte sobre o rio Pitinga, cinco quilômetros depois das fendas verificadas na última semana na mesma rodovia. O Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) informou, por meio de nota, que em análise da equipe técnica, constatou-se que há apenas desgastes do pavimento e uma trinca transversal no local, na pista sentido Paranaguá.
De acordo com o DNIT, a situação é comum em viadutos que não possuem a chamada laje de transição. Não foram identificadas, pelo DNIT, patologias neste momento que remetam à interdição completa ou parcial do km 28. O departamento informou também que a trinca do km 28 “não possui qualquer ligação com o afundamento do km 33”.
Para o geólogo Marcelo Lamour, do Centro de Apoio Científico em Desastres (Cenacid) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), o problema evidencia a falta de prevenção nas rodovias.
O especialista lembra que a construção da rodovia é antiga e que precisa de recomposição.
Começar do zero não é uma alternativa viável segundo o geólogo, já que traz impactos ambientais e econômicos.
Marcelo Lamour traz ainda um exemplo próximo, também na BR 277, para falar sobre obras preventivas.
Nesta quarta-feira (15) uma equipe de geólogos do Cenacid, que estão fazendo um estudo técnico da BR 277 e da Estrada da Graciosa, devem fazer uma fiscalização nos trechos. Um documento será entregue no fim do mês ao DNIT e ao DER como forma de auxílio para os problemas.