Dezoito aldeias indígenas em quatro municípios do traçado proposto para a Nova Ferroeste foram incluídas nos estudos para mensurar os impactos do empreendimento proposto pelo Governo do Paraná. A malha ferroviária prevê a ampliação e modernização da atual Ferroeste, entre Cascavel e Guarapuava. O novo desenho vai ligar Maracaju, no Mato Grosso do Sul, a Paranaguá, no Litoral do Paraná, com ramais para Foz do Iguaçu e Chapecó, em Santa Catarina.

Segundo Luiz Henrique Fagundes, Coordenador do Plano Estadual Ferroviário, a escolha dos povos indígenas a serem estudados foi definida pela Fundação Nacional do Povos Indígenas (Funai). Já foram concluídos os levantamentos de possíveis áreas de interesse do patrimônio histórico, bem como estudos das comunidades quilombolas. Os estudos receberam parecer favorável do Incra e do Iphan. A expectativa é ter todo o licenciamento ambiental regularizado em 2024.

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Após esse passo é que começa a “disputa” de investidores pelo empreendimento. A licitação deve ocorrer em 2025. A empresa ou consórcio vencedor vai executar as obras e explorar o empreendimento por 99 anos.

O Coordenador do Plano Estadual Ferroviário lembra que a nova ferroeste vai mudar o perfil de uso das rodovias, já que vai auxiliar no escoamento das safras do estado.

A linha férrea proposta pelo Governo do Paraná vai ligar por trilhos os estados do Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Paraná, que são produtores exportadoras de grãos (milho e soja) e proteína animal, facilitando reduzindo custos do transporte ao Porto de Paranaguá. Além disso, a malha ferroviária também vai fortalecer o trânsito de milho do Mato Grosso do Sul para o oeste catarinense, um dos principais produtores de suínos do País.