O aumento do valor do piso salarial dos professores do magistério foi definido pelo Ministério da Educação (MEC), no início dessa semana. A portaria assinada pelo ministro da Educação, Camilo Santana, elevou de R$ 3.845,63 para R$ 4.420,55 o piso da categoria, o que representa um reajuste de quase 15%.

No Paraná, o presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP), prefeito de Jesuítas, Junior Weiller, afirmou que a determinação do Ministério da Educação (MEC) será cumprida.

Apesar aceitar o que foi definido pelo governo federal, Junior Weiller questionou o aumento ter ficado bem acima da inflação.

A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) questionou a legalidade do aumento. A entidade afirmou que não existe base legal para o reajuste do piso nacional do magistério. Segundo a CNM, os prefeitos devem ter prudência enquanto não houver solução legislativa para o critério de reajuste do piso e ressaltou que os municípios não são obrigados a aplicar o reajuste.

A Confederação Nacional dos Municípios justificou que a decisão é baseada no impacto anual de mais de R$ 19 bilhões apenas para os cofres municipais.

Em contrapartida, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) disse que o reajuste tem respaldo na lei.

Já o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), que reúne as secretarias estaduais, ponderou que o aumento segue as mesmas regras desde a implementação legal do piso, mas aguarda uma solução legislativa definitiva do Congresso Nacional.