No ano passado trabalhadoras do Paraná recebiam um salário 28% menor do que os homens, de acordo com o boletim especial do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Isso equivale a um salário de 2.359 para elas, e 3.285 para eles.

Marcelo Melek, doutor em direito comenta sobre a dificuldade da inserção das mulheres no mercado de trabalho.

Dentre os setores como Educação, Saúde e serviços sociais, Agropecuária, Indústria e construção, comércio e preparação, Administração Pública e Serviços domésticos, 34,1% das trabalhadoras são informais e 74,0% contribuíam para a previdência. Sobre o salário das mulheres, Marcelo reforça:

A Rede Sine estadual, que concentra as Agências do Trabalhador e postos avançados, colocou no mercado formal de trabalho 3.619 mulheres em janeiro, um aumento de 16% em relação ao mesmo período em 2022, com 3.119.

O Paraná foi o estado que mais empregou mulheres em 2022 no Sul do País, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) – o recorte é diferente porque nesse caso é o saldo entre contratações e demissões, e não apenas contratações. Sandro Ferreira, diretor do Dieese fala sobre as políticas que devem ser aplicadas para a redução da discriminação.

A média salarial das mulheres no mercado de trabalho é sempre mais baixa, mesmo quando alcançam níveis de hierarquia maiores, quando assumem cargos mais importantes nas empresas, é o que explica a advogada trabalhista, Daniele Duarte:

Foram criados 67.185 postos de trabalho formais para as mulheres, o que representa 56,86% de todas as 118.149 colocações com carteira assinada, registradas no Estado durante o ano passado.

Por: Jonathan Ávila