A taxa de desocupação para as mulheres foi maior no último trimestre de 2023 no Paraná. O índice estava em 5,9%, contra 3,8% da taxa de desocupação dos homens. Em Curitiba, o índice de desocupação das mulheres era ainda maior: 6,9% das curitibanas estavam sem emprego. O índice dos homens ficou em 3,9%. Os números foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua), nesta sexta-feira (16).

O levantamento traz ainda outro recorte, da informalidade: 2,8% das paranaenses estavam trabalhando sem carteira assinada. Em Curitiba essa taxa ficou em 5,6%.

O rendimento das mulheres paranaenses também é diferente, na comparação com o rendimento dos homens. Para o sexo feminino o valor estava 25% abaixo do rendimento médio real dos homens. Em Curitiba o índice chegou a 24%.

Para Denise Ratmann Arruda Colin, assistente social, doutora em Sociologia e professora do curso de Serviço Social da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), os dados apontam uma desigualdade estrutural.

Ela lembra ainda que faltam oportunidades para as mulheres ocuparem os espaços.

Para mudar a realidade seria necessário, além da implantação de políticas públicas, uma transformação na educação da sociedade sobre o tema.

Nos números gerais, o Paraná concentra 9,6 milhões de pessoas em idade para trabalhar, o que corresponde à população com 14 anos ou mais. Neste grupo, 6,2 milhões de pessoas estão ocupadas ou procurando por um emprego. Dessas, 5,9 milhões estão trabalhando. Já o volume de desempregados é de 294 mil pessoas.

O grupo de pessoas que não está trabalhando ou procurando emprego corresponde a 3,3 milhões de paranaenses.