Além disso, são 46,5% com segurança alimentar, atrás do Rio Grande do Sul com 52% e Santa Catarina 59%

Os números se baseiam na Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (Ebia). A insegurança grave é quando há privação no consumo de alimentos; moderada quando a quantidade de alimentos é insuficiente e leve quando há uma incerteza quanto ao acesso de alimentos em um futuro próximo.

De acordo com os dados os números da Região Sul estão relacionados com níveis de pobreza, principalmente, sendo essa classe a mais atingida.

A nutricionista Marilia Zaparolli explica que uma alimentação ideal envolve o consumo de todos os grupos alimentares.

Segundo os dados, nas famílias com problemas de desemprego ou trabalho informal, a fome é mais frequente.

Como destaca a nutricionista professora do UniCuritiba e coordenadora do Mesa Brasil PR, Natália Ferreira de Paula.

Em nível nacional, o caso dos lares chefiados por pessoas com oito anos ou mais de estudo, a falta de alimentos foi maior quando uma mulher negra estava à frente: 33%. Esse número foi menor no caso de homens negros (21,3%), mulheres brancas (17,8%) e homens brancos (9,8%).

A especialista, que coordena o Mesa Brasil Paraná – projeto que faz a coleta e distruibuição de alimento – ressalta a necessidade de evoluir pilares como a educação para melhoras os índices de fome.

No Paraná algumas ações visam combater o índice. As Ceasas do Paraná promovem a segurança alimentar com o Banco de Alimentos – Comida Boa. O programa atua em parceria com produtores e permissionários atacadistas das cinco unidades do Estado, por meio da coleta e repasse de hortigranjeiros sem padrão de comercialização, porém ainda em boas condições consumo.

Em 2022, o Banco de Alimentos Comida Boa, programa voltado à segurança alimentar e nutricional, distribuiu 5,85 mil toneladas de hortigranjeiros para entidades assistenciais, uma média mensal de 487 toneladas. A iniciativa coleta alimentos não comercializados pelos atacadistas e produtores rurais, mas em boas condições de consumo, e repassa para creches, orfanatos, hospitais públicos, entre outras instituições.
Ao longo de 2022, foram 331 entidades atendidas, cerca de 130 mil pessoas impactadas mensalmente em todo o Estado. Antes da criação do Banco de Alimentos, em 2020, esse alcance era um terço do atual. O programa recebe anualmente um aporte de R$ 2,5 milhões do Governo do Estado.