A chamada geração nem-nem, que não estuda e também não trabalha, na verdade compreende uma parcela muito pequena do público entre 16 e 29 anos. Foi o que apontou o boletim sobre emprego do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que analisou os meses de abril a junho de 2024.

O economista do Dieese Paraná, Sandro Silva, disse que a pesquisa mostrou que os jovens estão em busca de trabalho, mas nem sempre encontram oportunidade no mercado.

Portanto, essa condição não abrange todo o público dessa faixa etária, entre 16 e 29 anos, mas pode ocorrer em um período de transição.

Outro dado que chamou a atenção foi que 1/4 desses jovens mudaram de situação: quase 25% desse público conseguiu um emprego formal, mas aproximadamente 61% dos jovens começaram a trabalhar na informalidade. Além disso, 10% dos jovens começaram a estudar e 3,2% estavam estudando e trabalhando ao mesmo tempo.

O economista e colunista da rádio CBN Curitiba, José Pio Martins, disse que o mundo passou por uma fase de transição há quase 100 anos, quando, em 1930, passou de 2 bilhões de habitantes para os atuais 8 bilhões de pessoas.

Para o Dieese é importante pensar em políticas mais ativas, tanto para inserir os jovens no mercado de trabalho e também nos estudos.