Negligência é a violência contra pessoas idosas mais comum registrada na capital paranaense. Ela acontece quando os responsáveis pelos idosos deixam de oferecer cuidados básicos, como higiene, saúde e medicamentos, por exemplo.

Além dela, tem o abandono que acontece quando há ausência ou omissão dos responsáveis com o idoso que precisa de proteção.

Na lista há ainda a violência física, quando é usada a força para obrigar os idosos a fazerem o que não desejam, ferindo, provocando dor, incapacidade ou até a morte.

Já a violência psicológica ou emocional é a mais sutil das violências. Inclui comportamentos que prejudicam a autoestima ou o bem-estar do idoso, entre eles xingamentos, sustos, constrangimento, destruição de propriedades ou impedimento de que vejam amigos e familiares.

Por último, há ainda a violência financeira ou material, que é a exploração imprópria ou ilegal dos idosos ou uso não consentido de seus recursos financeiros e patrimoniais.
E situações como essa são mais comuns do que se pode imaginar.

Para se ter ideia, durante o ano passado, em Curitiba, a Rede de Atenção e Proteção às Pessoas em Situação de Risco para a Violência, formada pela Fundação de Ação Social (FAS) e secretarias municipais da Saúde e da Educação, registrou 414 notificações de violação de direito de idosos.

Segundo Tatiana Possa Schafachek, diretora de Proteção Social Especial da FAS, nos últimos dois anos foram registradas várias situações de idosos que foram abandonados em instituições hospitalares.

 

Tatiana Schafachek lembra também que o acolhimento é a última medida a ser adotada e que é preciso conscientizar as famílias dos cuidados com os idosos.

 

Conforme a FAS, quem perceber um idoso em situação de vulnerabilidade ou violência pode procurar as unidades municipais de saúde ou os serviços regionalizados da FAS, e até mesmo ligar para a ouvidoria da Secretaria Municipal de Saúde, no 0800-64-40041, para o Disque Idoso Paraná, no 0800-41-0001, para o Disque 100 ou para o 190 da Polícia Militar.