A Ordem dos Advogados do Brasil, Paraná, está acompanhando de perto o andamento do caso do homem de 41 anos preso no último domingo (4), suspeito de ser o mandante de um incêndio criminoso que atingiu na madrugada do dia 19 de abril um escritório de advocacia em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

O incêndio, que destruiu parte do escritório localizado no bairro Weissopolis, foi registrado por câmeras de segurança. As imagens mostram um dos envolvidos pulando o alambrado do estacionamento, se deslocando até o local e ateando fogo no escritório.

A ação foi motivada por uma retaliação relacionada ao exercício da advocacia praticada pela vítima. A advogada Franciellen Aline Lago da Silva contou como aconteceu a situação que terminou no atentado que sem o apoio da OAB não teria toda essa repercussão.

Com relação ao crime, a OAB Paraná criou uma comissão de proteção e defesa da advocacia. Luiz Fernando Pereira, presidente da OAB Paraná, falou da investigação realizada pela instituição, ainda afirmou o acolhimento dos advogados.

O suspeito preso nega participação no crime, mas a investigação aponta que a motivação foi uma retaliação contra a advogada.

Quem confessou a motivação foi o motorista responsável por conduzir os criminosos no dia do ataque. Este condutor já havia sido preso no dia 22 de abril, e agora a polícia trabalha para localizar e prender outros envolvidos, incluindo o homem que ateou fogo ao escritório, que continua foragido.

Ao todo, seis suspeitos foram identificados na investigação e, segundo o presidente da Cesa, Claudio Dalledone, essa investigação é só a ponta de um grande iceberg, que começou com ameaça de violência doméstica e terminou na represália.

Segundo Dalledone, o organizador dos ataques é um velho conhecido da polícia, condenado em 2005 por grampear o juiz Sérgio Moro, e que as medidas estão dentro da lei.

A polícia continua com as investigações e solicita a colaboração da população, que pode ajudar com informações de forma anônima pelos telefones 197 (Polícia Civil do Paraná), 181 (Disque-Denúncia).

Por: Lucas Marconsoni