A Cor Púrpura – O Musical chega a Curitiba após temporadas de grande sucesso em São Paulo e Rio de Janeiro. O espetáculo estreou em setembro de 2019 e retornou em cartaz no ano passado, após longa pausa causada pela pandemia. O musical, com direção de Tadeu Aguiar e versão brasileira de Artur Xexéo, já recebeu 75 prêmios e 87 indicações, incluindo duas indicações ao Prêmio Shell e 8 ao Prêmio Cesgranrio. Na capital paranaense, serão realizadas três sessões de 11 a 13 de março no Teatro Guairão. Os ingressos já estão à venda pelo Ticket Fácil: www.ticketfacil.com.br/eventos/cctg-a-cor-purpura-o-musical.aspx e na bilheteria do Teatro Guaira com valores a partir de R$37,50.

A versão inédita no Brasil é baseada no livro A Cor Púrpura de Alice Walker (lançado em 1982). A obra foi adaptada para o cinema em 1985, com direção de Steven Spielberg, e teve 11 indicações ao Oscar. Escrito há mais de 35 anos e vencedor dos Prêmios Pulitzer, Grammy e Tony, A Cor Púrpura é um musical baseado em uma história passada na prime ira metade do século XX, na zona rural do Sul dos Estados Unidos, com personagens típicos dessa região. O tema continua contemporâneo ao retratar relações humanas de amor, poder, ódio, em um mundo pontuado por estruturais diferenças econômicas, sociais, étnicas e de gênero. Tecnologia no palco e grande elenco com Letícia Soares no papel de Celie

A montagem nacional chama a atenção por sua grandiosidade e pela qualidade técnica e artística. Em cena são 17 atores, 90 figurinos, um palco giratório de 6 metros de diâmetro e uma escada curva com sistema de traveling em volta do cenário. O musical, nesta retomada teatral, apresenta a trajetória e luta de Celie (Letícia Soares) contra as adversidades impostas pela vida a uma mulher negra, na Geórgia, no decorrer da primeira metade do século XX. Na adolescência, a personagem tem dois filhos de seu suposto pai (Jorge Maya), que a oferece a um fazendeiro local para criar seus herdeiros (entre eles, Harpho – Alan Rocha), lavar, passar e trabalhar sem remuneração. Ela é tirada à força do convívio de sua irmã caçula Nettie ( Merícia Cassiano) e passa a morar com o marido Mister (Sérgio Menezes). Enquanto Celie resigna-se ao sofrimento, Sofia (Erika Affonso) e Shug (Flávia Santana) entram em cena, mostrando que há possibilidade de mudanças e novas perspectivas, esperança e até prazer. A saga de Celie é permeada por questões sociais de extrema relevância como a desigualdade, abuso de poder, racismo , machismo, sexismo e violência contra a mulher.

Confira na íntegra o bate-papo do diretor do musical, Tadeu Aguiar, com a jornalista Andressa Tavares.