Durante o feriado da Independência, os museus da capital paranaense estarão abertos com várias exposições e algumas novidades. No Museu Oscar Niemeyer (MON), a novidade é a mostra “Sou Patrono”, que reúne as últimas aquisições de arte do programa homônimo, que serão incorporadas ao acervo do museu.

O Museu de Arte Contemporânea do Paraná (MAC Paraná), que funciona temporariamente no MON, apresenta a exposição multimídia de ocupação “Magister Raffaello”, desenvolvida para a comemoração do 500º aniversário de morte de Rafael Sanzio, em 2020. A mostra leva o visitante a uma viagem pela vida e obra do pintor, considerado um dos maiores artistas do renascimento italiano.

Na quarta-feira (7), no Museu da Imagem e do Som (MIS-PR), será inaugurada a exposição “A Formação do Paraná no Contexto da Independência”, em comemoração ao Bicentenário da Independência do Brasil. A mostra irá retratar por meio de imagens, vídeos e exibição de documentos históricos, aspectos dos 200 anos da Independência no contexto da formação do Paraná. Entre as imagens do acervo, está a foto rara do ex-presidente Getúlio Vargas na sacada do Palácio da Liberdade, atual sede do museu.

O acesso aos museus é gratuito, com exceção do MON, onde os ingressos custam 30 reais a inteira e 15 reais meia-entrada – nas quartas-feiras, a entrada é gratuita . 

Confira outras exposições em cartaz:

  • MAC Paraná

67º Salão Paranaense” – Completamente reformulada com novas diretrizes que respondem aos debates contemporâneos, a edição de número 67 do Salão Paranaense, prêmio de arte mais longevo do Brasil, apresenta 27 artistas premiados de todo o Brasil apresentando instalações, fotografias, pinturas, registros de performances, arte digital e muito mais. Sala 8 do MON.

  • Museu Casa Alfredo Andersen (MCAA)

Exposição Permanente Alfredo Andersen – Criado em 1979 como uma unidade museológica para preservação da obra de Alfredo Andersen, o museu funciona na casa tombada que foi residência e ateliê do artista, considerado “pai da pintura paranaense”. Entre dezenas de pinturas e esculturas, destaque para “Duas Raças”, óleo sobre tela pintado por Alfredo Andersen em 1932, um dos quadros mais importantes do artista. 

Maria Bueno e tantas outras” – A exposição traz obras que refletem sobre a icônica “santa” curitibana. A mostra coletiva propõe um diálogo entre o retrato que o próprio Andersen pintou de Maria Bueno com apropriações de seis artistas curitibanos. 

  • MIS-PR

Expressões da Casa da Liberdade” – Duas exposições fotográficas cujos autores têm em comum o sobrenome e a ligação com o Palácio da Liberdade, atual sede do museus. A família Weiss foi a primeira proprietária do imóvel histórico. As fotos da mostra “Dignidade – As meninas de São Tomé e Príncipe” foram feitas em São Tomé e Príncipe por Marcelo Weiss. Já “Brazilian Way of Life – Um visionário no interior do Brasil” traz os registros de Mario Alfredo Weiss, avô de Marcelo, que se aventurou pela vida cotidiana do país.  

Exposição dos Tridimensionais” – Viajar no tempo com equipamentos de som, imagem e projeção é permitido nessa mostra de longa permanência, que traz máquinas que ajudam a contar a evolução dos televisores, aparelhos de rádios, radiolas, câmeras de vídeo e som e projetores de imagem. As peças fazem parte do rico acervo do museu. 

Exposição Tiomkim” – Recorte da imensa coleção de Tiomkim, ícone do audiovisual paranaense falecido em 2021, que inclui CDs, DVDs, VHS, fitas K7, filmes em película 8mm, disquetes, slides fotográficos, livros de literatura nacional e universal, artísticos (principalmente voltados ao cinema), diversas edições de revistas de cinema, entre outros.

  • MON

Grid” – A mostra do artista Ascânio MMM, um dos principais representantes do abstracionismo geométrico, representa os últimos 25 anos de carreira. São aproximadamente 25 obras em grande escala que representam o diálogo que o artista mantém, desde o início da sua trajetória nos anos 1960, com a escultura e a arquitetura. Curadoria: Felipe Scovino. Sala 1.

Fora das Sombras: Novas Gerações do Feminino na Arte Contemporânea” – A mostra reúne a produção recente de 40 artistas mulheres do Rio Grande do Sul. Por meio de 140 obras de diversas técnicas, muitas inéditas, as artistas questionam a situação da mulher numa história da arte dominada pelos homens. A resistência é expressada pelo processo criativo de cada uma delas, formando um conjunto inquietante e questionador. Curadoria: Ana Zavadil. Sala 11.

África, expressões artísticas de um continente” – A exposição é um recorte da grandiosa doação feita pela Coleção Ivani e Jorge Yunes (CIJY) ao MON. São obras de uma das mais importantes e significativas coleções de objetos de arte africana do século XX. Fazem parte da exposição: máscaras, esculturas, bustos e cabeças de bronze, miniaturas metálicas, objetos do cotidiano e instrumentos musicais. As obras têm origem em países como Costa do Marfim, Mali, Nigéria, Camarões, Gabão, Angola, República Democrática do Congo e Moçambique, entre outros. Curadoria: Renato Araújo da Silva. Sala 4. 

O mundo mágico dos Ningyos” – A exposição reúne uma coleção de bonecos japoneses que fazem parte do acervo de arte asiática formado por mais de três mil peças e doado pelo embaixador Fausto Godoy ao museu. Tradicionalmente, os Ningyos são presentes auspiciosos para desejar longevidade, saúde e fertilidade aos recém-nascidos. Também são exibidos pelas famílias em datas especiais e a eles se atribui a missão de proteger e purificar as casas que os recebem. Curadoria: Denise Mattar. Sala 10.

  • Museu Paranaense (MUPA)

“Nosso estado: Vento e/em Movimento” (Anexo do Museu) – A exposição é formada por dois eixos: Deslocamentos por dentro e Deslocamentos pela margem que se subdividem em 5 núcleos cada. O primeiro eixo propõe um mergulho na história de algumas das diversas comunidades que formaram o Estado do Paraná, desde migrantes relacionados aos deslocamentos históricos e contemporâneos, abarcando também experiências vinculadas a exílios indígenas. Já o eixo Deslocamentos pela margem é dedicado à cultura caiçara. Nele o visitante é convidado a conhecer a complexidade da experiência coletiva das comunidades caiçaras do litoral paranaense por meio de sua musicalidade, religiosidade e relação com seu território.

Arqueologia Pré-Colonial do Paraná” (Andar superior do Anexo) – Na exposição podem ser observados vestígios relacionados a diferentes ocupações humanas, a partir de 15 mil anos atrás, no atual território paranaense. Na visita faz-se uma grande viagem no tempo e no espaço por cerca de mil peças arqueológicas dispersas em vitrines, dioramas e contextualizadas com painéis e maquetes.

Curitiba: símbolos em questão” (Andar inferior do Anexo) – Dentre os objetos expostos, peças importantes ajudam a compor a iconografia da cidade, tais como a escultura sacra “Nossa Senhora da Luz dos Pinhais”, do século XVII, e a pintura “Cidade Adormecida”, do artista norueguês radicado no Paraná, Alfredo Andersen. A exposição está organizada em quatro núcleos, sendo eles: Cidade mitológica, Cidade adormecida, Cidade submersa e Cidade ocupada.

  • Museu do Expedicionário (MEXP)

O MEXP é um dos mais completos museus temáticos do país. Foi criado em 1980 para preservar a memória dos brasileiros que colocaram suas vidas a serviço da Pátria. Seu valioso e original acervo conta com equipamentos, armas, munições, documentos, fotografias, mapas e ilustrações que retratam a participação brasileira na Segunda Guerra Mundial. Além de guardar material histórico das forças armadas do Brasil, conta com documentos e outros itens cedidos pelas nações envolvidas na guerra. Nesta quarta-feira (7), estará fechado, mas suas atividades retornam na quinta-feira (8), a partir das 10h.

Por Juliana Henzch sob supervisão de Andressa Tavares