O Tribunal do Júri de Curitiba condenou a mais de 24 anos de prisão nesta segunda-feira (11) Ellen Homiak da Silva Federizzi por homicídio qualificado. A mulher é ré confessa e disse ter assassinado o marido, Rodrigo Federizzi, que era Policial Militar.

Ela assumiu também que depois de ter dado um tiro na cabeça da vítima, cortou as pernas e colocou as partes dentro de uma mala. Os restos mortais foram encontrados em uma zona rural de Araucária.

Para o Ministério Público do Paraná (MPPR) o crime, que ocorreu há 6 anos, foi por conta de uma dívida de R$46 mil contraída por Ellen. O marido teria tentado cobrar respostas da autora do crime, já que o valor se tratava das economias da família e foi subtraído da conta.

A defesa tentou sustentar a tese de que a mulher sofria violência doméstica, como afirmou o advogado Cleyson Landucci.

Das seis testemunhas ouvidas, uma delas trouxe informações de que Ellen teria premeditado o crime – foi o que apontou o delegado Fábio Amaro, responsável pela investigação.

O julgamento durou cerca de 11 horas e terminou próximo das 21 horas. Ellen não participou presencialmente, apenas por videoconferência. Ela foi condenada por homicídio qualificado, com os agravantes de motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, além da ocultação de cadáver.

O advogado da família de Rodrigo Federizzi, Reinaldo Vinícius Vieira, diz que a sensação foi de que a justiça foi feita.

O pedido de prisão de Ellen Federizzi foi expedido imediatamente contra a ré confessa, que deve cumprir 40% da pena em regime fechado. O advogado de defesa afirmou que vai recorrer da decisão para tentar reduzir a pena.