Uma mulher acusada de matar a própria filha em Quatro Barras, na Região Metropolitana de Curitiba, há 17 anos, pode ir a júri popular. Segundo o Ministério Público do Paraná (MPPR), a prisão da mulher no último final de semana, na cidade de Marilândia do Sul – na região norte do Paraná -,faz com que o processo criminal contra ela tenha prosseguimento.

A mulher foi denunciada pelo Ministério Público do Paraná em dezembro de 2007 pela morte da própria filha. A ré e seu então marido, que era padrasto da vítima, ficaram foragidos por mais de 15 anos.

O homem e possível coautor do crime foi preso em 2023 e irá a julgamento pelo Tribunal do Júri de Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, nesta quarta-feira (15).

Como os denunciados estavam foragidos, o processo ficou suspenso, conforme determina o Código de Processo Penal (artigo 366). Desde aquela época, o MPPR requereu a prisão preventiva de ambos. No ano passado, o homem foi preso em Apucarana e permanece detido. As ações penais contra os dois foram desmembradas.

Cada um dos réus responde a uma ação específica – o processo referente ao denunciado prosseguiu, e ele será julgado em Campina Grande do Sul, comarca que então abrangia também o município de Quatro Barras, local em que ocorreu o crime.

Já a mulher se manteve foragida por 17 anos. Após a prisão, ela foi encaminhada à Cadeia Pública Feminina de Londrina. O Ministério Público vai requisitar o andamento da instrução processual, para posterior manifestação de pronúncia do Ministério Público, para que a acusada também seja levada a júri Popular. O MPPR informou que vai solicitar o aproveitamento das provas já produzidas na ação penal contra o ex-marido da ré.

O crime teria, supostamente, sido cometido porque o casal queria a guarda do neto.

* Com informações do MPPR