Às 16h30 desta terça-feira (19), a defesa da família Brittes e dos réus acusados de envolvimento no assassinato do jogador Daniel começou a apresentar os argumentos em favor dos acusados. Da mesma forma que ocorreu com as falas da assistência de acusação, a defesa tem 2h30 minutos de apresentação dos fatos aos jurados.
Quem abriu as falas foi o advogado da defesa, Elias Mattar Assad. Ele criticou que a acusação não mencionou os atos de Daniel dentro casa da família Brittes.
O início também foi marcado pela apresentação de imagens que mostram uma “selfie” feita por Daniel no quarto de Cristiana Brittes.
A previsão é de que os debates, nesta etapa, terminem por volta das 19 horas desta terça. Ambos os lados podem pedir réplica e treplica, o que poderá estender o julgamento até o final da noite e início de madrugada de quarta (20).
Antes disso, no intervalo da tarde, o assistente da acusação, Nilton Ribeiro, reforçou que o jogador Daniel é a vítima dessa história.
Voltando ao começo da tarde, o Ministério Público abriu a etapa de debates no caso que julga os sete réus acusados de envolvimento no assassinato do jogador Daniel Freitas, nesta tarde de terça-feira (19).
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Foram 2h30 minutos de tempo para fala da promotoria e também do assistente de acusação, Nilton Ribeiro. O promotor João Milton Salles foi o primeiro a falar em frente ao júri. Ele acusou a família Brittes de criminosa e argumentou que o jogador Daniel havia ingerido alto teor de álcool naquela noite.
O promotor também apresentou um vídeo de depoimento dos investigadores que analisaram o local onde Daniel foi morto. No vídeo, um dos investigadores alega que Daniel chegou vivo ao local do crime, em seguida teve órgão genital cortado enquanto estava vivo. A interpretação dos investigadores também foi de que Daniel foi segurado para não se defender.
Anteriormente, a família Brittes teria alegado que Daniel já arrumava confusão na balada onde comemoravam o aniversário de Allana. O promotor apresentou imagens das câmeras de segurança da balada para argumentar que Daniel não teria incomodado ninguém. Segundo ele, a afirmação da defesa tinha como objetivo “denegrir” o jogador.
Nos últimos 30 minutos restantes da acusação, o assistente Nilton Ribeiro assumiu o debate. Ele espera que “condenem todos os acusados” pois há “provas robustas”. Disse que o jogador era um “bom pai” e que não era “estuprador”. O advogado apresenta imagens pessoais da vida de Daniel para argumentar que era uma pessoa correta.
Acusações
Allana Brittes será julgada por fraude processual, coação do curso do processo e corrupção de menor.
David Willian Vollero Silva, ex-jogador que teria participado do crime; Eduardo Ribeiro da Silva; e Ygor King serão julgamentos por homicídio triplamente qualificado, com os agravantes de motivo torpe, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e meio cruel, além de ocultação de cadáver. Evellyn Brisola Perusso será julgada por fraude processual.
Edison Brittes é réu por homicídio qualificado, com agravante de motivo torpe, não possibilitar defesa da vítima e meio cruel. Ele também responderá por ocultação de cadáver, coação do curso do processo e corrupção de menor.
A esposa dele, Cristiana Rodrigues Brittes, responde por homicídio qualificado, por motivo torpe, corrupção de menor, coação do curso de processo e fraude processual.
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*Com informações de Vinicius Bonato
*Matéria atualizada às 17h03