Curitiba vem discutindo a possibilidade da liberação do serviço de mototáxi. A modalidade não é nova no Paraná e está regularizada em cidades como Londrina e Foz do Iguaçu. Apesar disso, representantes do Corpo de Bombeiros, de hospitais com atendimento ao trauma e de serviços de aplicativo pontuam que há muito mais pontos negativos do que positivos na mudança de legislação na capital.

Dados do Corpo de Bombeiros mostram que das nove mil ocorrências atendidas em Curitiba entre janeiro e 11 de julho de 2023 pela corporação, 35% estão relacionadas a acidentes com motos. São 3.205 ocorrências envolvendo motocicletas, 141 atendimentos com risco à vida e 28 mortes no local.

O capitão Marco Aurélio de Almeida, do Corpo de Bombeiros, pontua que as estatísticas mostram que a liberação do serviço de mototáxi pode impactar diretamente no sistema de saúde.

Em entrevista à rádio CBN Curitiba, o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, disse que a prefeitura só deve regulamentar o serviço depois que a Câmara Municipal dos Vereadores da capital realizar uma votação e se tiver parecer favorável a implementação do serviço.

De acordo com o Sistema de Proposições Legislativas da CMC, o texto passou pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e pela Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização. O vereador Alexandre Leprevost (Solidariedade) explica que a prefeitura aguarda uma posição dos vereadores.

Ainda não há data para a votação da proposição na Câmara.